Ironia

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 15h55min de 19 de março de 2017 por Fábio (Discussão | contribs)

1

"Tropo vital, e não retórico, a ironia é a única forma de dizer que o homem é uma contradição consentida pela interação dialética do bem e do mal, do ser e do nada, da vida e da morte etc. A própria vida é uma ironia suprema, simplesmente porque morre" (1).


Referência:
(1) SOUZA, Ronaldes de Melo e. "Introdução à poética da ironia". In: Revista Linha de Pesquisa. Rio de Janeiro: volume 1, número 1, outubro/2000, p. 42.


2

“[...] o questionar, o consentimento entre o que se diz e se contradiz num único fôlego, perfazendo a vitalidade de existir enquanto fronteira que coaduna vida e morte” (1).


Referência:
(1) PESSANHA, Fábio Santana. A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 119.


3

A ironia: "É o furo no tecido das analogias, a exceção que interrompe as correspondências... A ironia é a dissonância que rompe o concerto das correspondências e o transforma em galimatias. A ironia tem vários nomes: é a exceção, o irregular, o bizarro, como dizia Baudelaire, e, numa palavra, o grande acidente: a morte... A ironia é a manifestação da crítica, no reino da imaginação e da sensibilidade; sua essência é o tempo sucessivo que desemboca na morte" (1).


Referências:
(1) PAZ, Octavio. "Ruptura e convergência". In: A outra voz. São Paulo: Siciliano, 2001, p. 38.
Ferramentas pessoais