Filosofia

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"O radical ''phil'' se encontra em várias formas do verbo, substantivo, adjetivo. Corresponde ao pronome ''noos'', cognato do latim ''suus''. Designa de per si a qualidade e ação de ''próprio'', de ''apropriar-se'' e ''ser próprio''. Em Homero (Od. i, 233, II. 3, 31) ''philos'' significa próprio. Mas o que é próprio, propriedade e apropriar-se? Esta é a pergunta que faz o filósofo. [[Próprio]] e propriedade são um conjunto de condições estruturais que se tornou estável por se ter desenvolvido e conquistado num processo de apropriação. Assim ''philo-sophos'' indica o [[homem]] enquanto se conquista determinada atitude, por ele se ter apropriado do sabor de viver. O homem só se empenha por apropriar-se e se lança à apropriação de [[saber]], por já ter sido apropriado pela [[paixão]] de viver" (1).
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:"O radical ''phil'' se encontra em várias formas do verbo, substantivo, adjetivo. Corresponde ao pronome ''noos'', cognato do latim ''suus''. Designa de per si a qualidade e ação de próprio, de apropriar-se e ser próprio. Em Homero (Od. i, 233, II. 3, 31), ''philos'' significa próprio. Mas o que é próprio, propriedade e apropriar-se? Esta é a pergunta que faz o filósofo. [[Próprio]] e propriedade são um conjunto de condições estruturais que se tornou estável por se ter desenvolvido e conquistado num processo de apropriação. Assim ''philo-sophos'' indica o [[homem]] enquanto se conquista determinada atitude, por ele se ter apropriado do sabor de viver. O homem só se empenha por apropriar-se e se lança à apropriação de [[saber]], por já ter sido apropriado pela [[paixão]] de viver" (1).

Edição de 21h51min de 24 de Agosto de 2009

1

“A filosofia é o corresponder ao ser do ente. Mas ela o é somente então e apenas quando esta correspondência se exerce propriamente e assim se desenvolve e alarga este desenvolvimento. Este corresponder se dá de diversas maneiras, dependendo sempre do modo como fala o apelo do ser, ou do modo como é ouvido ou não ouvido um tal apelo, ou ainda, do modo como é dito e silenciado o que se ouviu” (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Trad. Ernildo Stein. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 20.


Ver também:

2

"A filosofia não é, pois, uma disciplina de ensino que se pudesse adquirir à maneira de conhecimentos técnicos ou por meio de um treinamento especializado. Mas também não é ciência pura cujos teoremas pudessem ser axiomatizados ou vir um dia a serem aplicados com vantagem. A filosofia é um modo de ser tão radical que nem sente necessidade de renunciar ao útil e identificar-se com o inútil" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo a Pensar II. Petrópolis, Vozes, 1992, p. 180-181.


Ver também:

3

"O radical phil se encontra em várias formas do verbo, substantivo, adjetivo. Corresponde ao pronome noos, cognato do latim suus. Designa de per si a qualidade e ação de próprio, de apropriar-se e ser próprio. Em Homero (Od. i, 233, II. 3, 31), philos significa próprio. Mas o que é próprio, propriedade e apropriar-se? Esta é a pergunta que faz o filósofo. Próprio e propriedade são um conjunto de condições estruturais que se tornou estável por se ter desenvolvido e conquistado num processo de apropriação. Assim philo-sophos indica o homem enquanto se conquista determinada atitude, por ele se ter apropriado do sabor de viver. O homem só se empenha por apropriar-se e se lança à apropriação de saber, por já ter sido apropriado pela paixão de viver" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. Revista Tempo Brasileiro, nº 130/131, 1997, p. 153.