Fenômeno

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 01h46min de 1 de Agosto de 2016 por Profmanuel (Discussão | contribs)

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"De certa feita, chegou a Friburgo na Alemanha, um japonês da Escola de Kioto com uma pergunta e a fez a Heidegger: que é isso, fenomenologia? A resposta foi: é coisa bem simples; o fenômeno tal como ele mesmo é, tal como se dá e acontece em si mesmo, é nisto que está toda a fenomenologia. Mais importante do que conhecer o que não se conhece, é saber o que já se conhece. Na fenomenologia, não está em jogo outra coisa do que aquilo que já sempre se sabe. Não há, nem se dá nada de diferente do fenômeno. Trata-se sempre do fenômeno, como ele mesmo é. E como é o fenômeno? O fenômeno é, sendo outro. Na fenomenologia, chega-se lá onde já sempre se estava e não se estava. O propósito é vir a ser o princípio que, desde sempre, já se é" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "A fenomenologia de Edmund Husserl e a fenomenologia de Martin Heidegger". In: Revista Tempo Brasileiro, nº 165. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2006, p. 11.


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Há uma profunda ligação entre physis, logos e manthano para manifestarem toda a envergadura dos fenômenos da physis. Fenômeno, como já vimos, é derivada do verbo phaino, que diz o aparecer, o manifestar-se, vir à luz. Tanto que em grego a palavra para dizer luz, phos, origina-se do mesmo radical de phaino.


- Manuel Antônio de Castro
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