Fazer

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: “O que é [[fazer]]? É se pôr em [[obra]]? Tornar-se continuamente [[corpo]] vivente nas [[metamorfose|metamorfoses]] do amadurecimento, na penetração permanente da [[morte]] na [[vida]] e vice-versa? Talvez seja a pequena [[morte]] que se realiza na pausa de [[verso|versos]], na desordem de [[palavra|palavras]], na invenção de um [[mar]], de um corpo que se tece...” (1),
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: "Todo o [[saber]], todo o [[querer]], todo o [[crer]] de hoje nos concentram o [[agir]], o [[sentir]] [[produzir]] no afã de [[realizar]], planejar e assegurar uma [[funcionalidade]] de [[sujeito]] e [[objeto]] capaz de afugentar as incertezas, protelar as inseguranças, eliminar as ameaças da [[realidade]]! Na busca desenfreada do auto-asseguramento, tentamos reduzir toda grandeza, diminuir toda profundidade, fugir de toda vitalidade criadora" (1). Como podemos [[ver]], o [[fazer]] na [[modernidade]] concentra diferentes aspectos, todos reduzidos à mesma [[finalidade]], em nome da [[funcionalidade]] e da [[eficiência]].
: Referência:
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: PESSANHA, Fábio Santana. ''A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 55.
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Heidegger e modernidade: a correlação de sujeito e objeto". In: --------. ''Aprendendo a pensar II''. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 179.
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: - [[Manuel Antônio de Castro]]
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O ser, o agir e o humano". In: ---------. ''Leitura: questões''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 30.
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O ser, o agir e o humano". In: ---------. ''Leitura: questões''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 30.
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: "Falamos de uma ruptura na [[história]] do [[mundo]] por causa da [[revolução industrial]]. Mas isto não vale apenas no sentido de que as [[regras]] [[gerais]] da [[economia]] de 1810 não são mais as de 1710, mas a [[industrialização]] atinge mesmo o [[coração]] de uma [[cultura]], e é isto o que significa que a [[industrialização]] provocou [[mudanças]] naquilo que os [[homens]] [[pensam]] daquilo que [[fazem]]. Há uma [[verdadeira]] [[mudança]] de [[mentalidade]] e de [[atitudes]] [[coletivas]]" (1).
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: (1) HUMMES ofm, Dom Cláudio (Hoje Cardeal). "Os hegelianos de esquerda". In: ----. ''História da Filosofia''.
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: Curso proferido em 1964 em Daltro Filho, (hoje cidade Imigrantes), RS.
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: "A [[energia poética]] é a [[essência]] de todo [[agir]] e o [[sentido]] de todo [[fazer]] e até do não [[agir]] e do não [[fazer]], do [[ser]] e do [[não-ser]]. Enfim, é a [[realidade]] de todas as [[realizações]]" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Poético-ecologia". In: Manuel Antônio de Castro (org.). '''Arte: corpo, mundo e terra'''. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 17.

Edição atual tal como 20h54min de 3 de fevereiro de 2022

1

"Todo o saber, todo o querer, todo o crer de hoje nos concentram o agir, o sentir e produzir no afã de realizar, planejar e assegurar uma funcionalidade de sujeito e objeto capaz de afugentar as incertezas, protelar as inseguranças, eliminar as ameaças da realidade! Na busca desenfreada do auto-asseguramento, tentamos reduzir toda grandeza, diminuir toda profundidade, fugir de toda vitalidade criadora" (1). Como podemos ver, o fazer na modernidade concentra diferentes aspectos, todos reduzidos à mesma finalidade, em nome da funcionalidade e da eficiência.


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Heidegger e modernidade: a correlação de sujeito e objeto". In: --------. Aprendendo a pensar II. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 179.
- Manuel Antônio de Castro


2

"Somente no agir o ser é totalmente ele mesmo. Ser é agir e vice-versa. (Não se pode jamais confundir agir com fazer. Aquele inclui este, mas este não inclui aquele)" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O ser, o agir e o humano". In: ---------. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 30.


3

"Falamos de uma ruptura na história do mundo por causa da revolução industrial. Mas isto não vale apenas no sentido de que as regras gerais da economia de 1810 não são mais as de 1710, mas a industrialização atinge mesmo o coração de uma cultura, e é isto o que significa que a industrialização provocou mudanças naquilo que os homens pensam daquilo que fazem. Há uma verdadeira mudança de mentalidade e de atitudes coletivas" (1).


Referência:
(1) HUMMES ofm, Dom Cláudio (Hoje Cardeal). "Os hegelianos de esquerda". In: ----. História da Filosofia.
Curso proferido em 1964 em Daltro Filho, (hoje cidade Imigrantes), RS.

4

"A energia poética é a essência de todo agir e o sentido de todo fazer e até do não agir e do não fazer, do ser e do não-ser. Enfim, é a realidade de todas as realizações" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Poético-ecologia". In: Manuel Antônio de Castro (org.). Arte: corpo, mundo e terra. Rio de Janeiro: 7Letras, 2009, p. 17.
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