Acontecimento
De Dicionrio de Potica e Pensamento
Edição feita às 15h08min de 7 de Maio de 2017 por Profmanuel (Discussão | contribs)
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- "Se o tempo é o desencadeador, isto é, o largo horizonte onde se dá o acontecer, quando se chega à enunciação do acontecimento, parece ser este que engravida a experiência da vivência temporal, como se o acontecimento fosse o locus de manifestação do tempo e sua real concretização. O ad-vento do tempo é acontecimento" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. O acontecer poético. Rio de Janeiro: Antares, 1982, p. 36.
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- "Acontecimento vem de acontecer. E acontecer, verbo incoativo (ação progressiva) de contingere, já traz no seu âmago a noção de estar, ter contato ou relação com. Esta relação se efetiva na percepção" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. O acontecer poético. Rio de Janeiro: Antares, 1982, p. 36.
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- "A história tem que se repensar originariamente em seu núcleo de manifestação: o acontecimento, porque o acontecimento é o fato feito ato" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. O acontecer poético. Rio de Janeiro: Antares, 1982, p. 45.
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- Nunca me esquecerei desse acontecimento
- ...........................................................................
- Nunca me esquecerei que no meio do caminho
- tinha uma pedra
- ........................................................................... (1)
- "O acontecimento nos remete para uma experiência fundamental. O poeta, morador e vigia que é do Ser, canta em seu poema uma experiência. Ela foi, é e será. A celebração poética insiste na memória do acontecimento. Esse acontecimento consiste na experiência de 'que tinha uma pedra no meio do caminho'. Por isso é um acontecimento. Nele e por ele se faz a experiência histórica do Ser" (2).
- Referências:
- (1) ANDRADE, Carlos Drummond de. Reunião. 4ª e. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973, p. 12.
- (2) CASTRO, Manuel Antônio de. O acontecer poético. Rio de Janeiro: Antares, 1982, p. 58.
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- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. O acontecer poético. Rio de Janeiro: Antares, 1982, p. 58.
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- "... o pensamento que se esforça em permanecer na facilidade das representações geralmente procura uma saída ainda mais distanciadora da dinâmica concreta do acontecimento de sentido: geralmente procura-se instaurar, de uma forma ou de outra, uma autonomia do signo, uma autonomia dos dispositivos, símbolos e analogias. Este recurso é buscado como se todo signo, símbolo, dispositivo e analogia não dependesse do acontecimento de sentido da realidade. Entretanto, no único instante criativo que as acomete – a saber, o momento em que surge, vale dizer, o momento em que se dão em correspondência a um determinado acontecimento da realidade em seu sentido e verdade – as coisas então erroneamente chamadas signos, dispositivos, símbolos e analogias não são outra coisa que o sentido do acontecimento da realidade se manifestando. São gestos de mundo que respondem a um aceno telúrico" (1).
- Referência:
- (1) BRAGA, Diego. A terceira margem do mito: hermenêutica da corporeidade. In: Revista Terceira margem. Revista do Programa de Pós-graduação em Ciência da Literatura da UFRJ. Ano XIV, 22, jan.-jun, 2010, p. 60.
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- "Podemos apreender o que é acontecimento quando nos deixamos tomar pelo que no rito lhe dá sentido: o mito. Será então o acontecer poético" (1).
- Referência: