Identidade

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 15h32min de 31 de Maio de 2014 por Profmanuel (Discussão | contribs)

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Identidade é possibilidade de ser o que já nos foi doado pelo Ser para sermos.


- Manuel Antônio de Castro

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A identidade é a unidade das diferenças. Só como diferença pode vigorar identidade, pois esta pressupõe a diferença na qual e pela qual cada um é ele mesmo, para si mesmo, o mesmo. Se bem observarmos, há sempre a necessidade de uma mediação, mas em que o o que é é referenciado a o como é, noutras palavras o que é se dá, manifesta, enquanto o pensar-se, sendo este então o o como´é. A mediação é o entre orginário de ser e pensar, de einai e noein, segundo Parmênides no frag. III. Na referenciação de ser e pensar vigora sempre o mesmo. O mesmo é o próprio, que é originariamente verbal, pois o mesmo é sempre o vigorar da unidade. Então identidade, como conceito, representação, ideia geral, gênero, se reduz a uma igualdade ou uniformidade. Identidade se torna conhecimento apenas, isto é, a manifestação objetiva de uma subjetividade. É o sentido do especular filosófico-científico moderno. Nesse sentido, identidade é sempre uma falsa questão, pois perde o sentido concreto de experienciar-se enquanto próprio. Todo próprio é uma essência verbal.


- Manuel Antônio de Castro

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"É primeiramente imprescindível que seja marcada uma diferença inicial entre identidade e unidade. Identidade, por um lado, se relaciona com a unidade, mas, por outro, substantivamente, difere desta. Esta diferença está presente desde o idioma grego. O uno se diz em grego hén, e o idêntico se diz tò autós. É para se notar que o um é apenas ele mesmo e tem sua vigência, portanto, como um substantivo. O uno é substantivo e é concreto, isto é, é capaz de desencadear sua própria realidade, e portanto é capaz de desencadear realidade. O idêntico, tò autós, por sua vez, é, em grego, um pronome ou um adjetivo que vem substantivado, em geral, por um artigo. A identidade, por sua vez, só pode ser compreendida em decorrência de um processo de comparação de, no mínimo, uma unidade com outra. Ela tem por característica localizar-se no plano abstrato das comparações, e desse modo, impõe a presença necessária de uma instância ajuizadora, essa instância ajuizadora é por sua vez uma ideia ou, num sentido que pode ser mais amplo, a constituição de um gênero. A identidade, portanto só é capaz de se estabelecer a partir de uma mediação, quer dizer, a identidade não prescinde de um termo de comparação de um termo médio" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, pp. 38-9.


Ver também:

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"É a identidade que, em se constituindo como um eficaz meio de controle, também concorre para possibilitar a inteligibilidade em relação ao predomínio da ideia enquanto processo de redução do real a um determinado número de gêneros que idealmente se apresentam com a pretensão de totalização da realidade" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 70.


Ver também:



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Identidade é a unidade das diferenças. Só como diferença pode haver identidade, pois a identidade pressupõe a diferença na qual e pela qual cada um é ele mesmo para si mesmo o mesmo. O mesmo é o vigorar da unidade. Então identidade como conceito se reduz a uma igualdade ou uniformidade, ou seja, é uma falsa questão e um esquecimento do próprio de toda diferença. A igualdade pressupõe o modelo, mas sem que possa apreender e compreender o que é a realidade acontecendo.


- Manuel Antônio de Castro
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