Máscara

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 22h14min de 25 de Junho de 2019 por Profmanuel (Discussão | contribs)
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O homem moderno é concebido em duas tendências: ou subjetividade psicológica, ou através das leis estabelecidas pela ciência que podem ser naturais, sociais, econômicas, culturais etc. É nessa tensão que se dá a personalidade. Esta vem de persona, palavra grega usada no teatro para nomear a máscara que o ator usava no palco quando desempenhava um papel e encarnava determinada personagem. Há aí uma construção do homem de cunho metafísico, baseada na aparência e no falso, a persona, ou seja, que parece ser, mas não é, desempenha um papel, isto é, uma personagem. Nota-se facilmente que a persona nomeia um agir aparente, que não corresponde à essência do que se é. As ações e valores de um ator não são, necessariamente, as ações e valores dos personagens que representa. Às vezes são o contrário, mas que o agir e valores da personagem exige que mostre essas aparências. Por outro lado, isso gera um paradoxo no ator, porque muitas vezes há a tendência de o ator passar a viver uma vida dupla na tensão de ser e parecer, de ser e não ser. O famoso Diretor de cinema Ingmar Bergman, tematiza esse paradoxo no seu famoso filme Depois do ensaio. E ainda mais expressamente no filme Persona. Nele reflete sobre a essência da máscara, além, claro, de tematizar outras questões essenciais.


Manuel Antônio de Castro.
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