Transcendental

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 18h51min de 17 de Novembro de 2017 por Profmanuel (Discussão | contribs)

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"Dessa maneira, vivemos permanentemente nossa vida à procura, isto é, pro- para diante, para o não-limite e o livre ser. E cura, o cuidado de ser. É, dessa maneira, o atuar da libido essendi [de ser ], origem da liberdade plena e do não ficar preso e limitado aos bens e prazeres da libido sentiendi [do sentir]. Sem os excluir, necessita também do bem e da beleza, do compreender-se (libido sciendi [conhecer/tomar consciência]) uno e verdadeiro" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eros, o humano e os humanismos". In: Eros, tecnologia, transumanismo. MONTEIRO, Maria Conceição e Outros (org.). Rio de Janeiro: Caetés, 2015, p. 47.


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Falar dos transcendentais é falar de conversibilidade entre o ser e os quatro transcendentais. Diz Cláudio Hummes: "A conversibilidade. Tudo o que é, porque e enquanto lhe convém ser, é uno, verdadeiro, bom e belo. Disto segue uma conversibilidade: tudo o que é uno, verdadeiro, belo e bom é; tudo o que é, é bom, belo, verdadeiro e uno; os graus e os modos de ser são graus e modos de unidade, beleza, verdade e bondade. A negação de unidade, beleza, verdade e bondade é negação do ser. Não é esta negação que gera o mal? No entanto, esta conversibilidade não implica que a relação dos transcendentais para com o ser seja a mesma que a do ser para com os transcendentais. O ser fundamenta os transcendentais; os transcendentais manifestam e desdobram o ser. Assim o ser tem uma prioridade ontológica – não cronológica – sobre os transcendentais" (1).


- Manuel Antônio de Castro
Referência:
(1) HUMMES, Cláudio. Metafísica. Mímeo. Daltro Filho/Imigrantes/RS, 1963.
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