Cinema
De Dicionrio de Potica e Pensamento
Edição feita às 13h20min de 17 de Agosto de 2019 por Profmanuel (Discussão | contribs)
Tabela de conteúdo |
1
- O grego pensa a realidade que não cessa de mudar a partir de quatro movimentos. Estes movimentos remetem para muitas questões, sobretudo tempo, fenômeno, representação, cinema, imagem, processo, visão. A palavra cinema vem diretamente da palavra grega que diz movimento: kinesis.
2
- "O teatro e o cinema indiscutivelmente são duas formas de trabalho de imensa carga erótica. O diretor tenta ser perfeito como pessoa, como artista, em todos os sentidos. E os atores e atrizes também tentam ser perfeitos. E isso pode facilmente gerar tensões incrivelmente prazerosas" (1).
- Referência:
- (1) BERGMAN, Ingmar. Fala dele no filme: A ilha de Bergman. Direção de Marie Nyreröd, 2004.
3
- "Amo muito o cinema. Eu mesmo ainda não sei muita coisa: se, por exemplo, meu trabalho corresponderá exatamente à concepção que tenho, ao sistema de hipóteses com que me defronto atualmente. Além do mais, as tentações são muitas: a tentação dos lugares-comuns, das ideias artísticas dos outros. Em geral, na verdade, é tão fácil rodar uma cena de modo requintado, de efeito, para arrancar aplausos... Mas basta voltar-se nessa direção e você está perdido. Por meio do cinema, é necessário situar os problemas mais complexos do mundo moderno no nível dos grandes problemas que, ao longo dos séculos, foram objetos da literatura, da música e da pintura. É preciso buscar, buscar sempre de novo, o caminho, o veio ao longo do qual deve mover-se a arte do cinema" (1).
- Referência:
- (1) TARKOVSKI, Andrei. Esculpir o tempo. São Paulo: Martins, 2010. Texto da Orelha do livro.
4
- "O senhor nunca foi de levantar bandeiras. Como era a recepção disso no pós-guerra?" (1).
- "As pessoas me acusavam de não ter opinião, o que é precipitado, porque o fato de escolher um enquadramento já é um posicionamento. John Rouch falava que eu filmo o que eu não sei. Muitos diretores filmam aquilo que eles denunciam. Eu filmo para entender o que não conheço. Isso vai contra a regra do cinema engajado do pós-guerra. Sinto que fiz certo, porque dizem que o meu estilo não envelheceu" (1).
- Referência:
- (1) DEPARDON, Raymond. Cineasta e fotógrafo francês. In: O Globo. Primeiro caderno, p. 2, 29-01-2018. Entrevista a Marcello Ramos.