Código

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: Se o [[tempo]] fosse apenas [[movimento]] cronológico não haveria a menor [[possibilidade]] de o movimento e as suas [[imagens]] fazerem [[sentido]] para nós, pois haveria um contínuo [[aparecer]] e desaparecer, ou seja, a [[imagem]], a [[representação]] e o tempo pressupõem a [[memória]], isto é, a [[unidade]] ou [[identidade]] das [[diferenças]]. O [[mesmo]] se aplica à tensão de [[língua]] e [[linguagem]], de [[fala]] e [[silêncio]]. Sem identidade, tempo e memória não há código e [[comunicação]]. O código é a identidade e o tempo da memória transformados em [[sistema]] de representações. Nenhum sistema opera sem o [[vigorar]] da [[realidade]] ''[[physis]]'' e sua [[verdade]] (''[[aletheia]]'').
: Se o [[tempo]] fosse apenas [[movimento]] cronológico não haveria a menor [[possibilidade]] de o movimento e as suas [[imagens]] fazerem [[sentido]] para nós, pois haveria um contínuo [[aparecer]] e desaparecer, ou seja, a [[imagem]], a [[representação]] e o tempo pressupõem a [[memória]], isto é, a [[unidade]] ou [[identidade]] das [[diferenças]]. O [[mesmo]] se aplica à tensão de [[língua]] e [[linguagem]], de [[fala]] e [[silêncio]]. Sem identidade, tempo e memória não há código e [[comunicação]]. O código é a identidade e o tempo da memória transformados em [[sistema]] de representações. Nenhum sistema opera sem o [[vigorar]] da [[realidade]] ''[[physis]]'' e sua [[verdade]] (''[[aletheia]]'').
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: Na [[comunicação]], tanto o [[emissor]] como o [[receptor]] devem anular ao máximo suas [[singularidades]], o que cada um tem  de [[próprio]], em favor da [[objetividade]] das [[informações]] e dos [[conhecimentos]] conceituais. Disso decorre que eles se põem de fora e sempre falam ''sobre'' o que se informa ou comunica. Isto é possível porque tudo está centralizado no [[instrumento]] comunicativo enquanto código, pois a [[linguagem]] é reduzida a um [[meio]]. Mas será que o [[diálogo]] se reduz a isso? Não. Neste caso, vamos ter o que se denomina código, algo comum tanto ao [[emissor]] quanto ao [[receptor]], pelo qual os dois estão inseridos e imersos no que se denomina [[contexto]] ou [[conjuntura]], algo funcional do ponto de vista da [[necessidade]] de [[comunicação]]. O essencial do código é a impessoalidade, o [[funcional]] e [[abstrato]]. E, claro, todo código já pressupõe [[linguagem]] e [[língua]]. Por isso mesmo, a [[linguagem]] é reduzida a [[meio]] e a [[língua]] a [[mensagens]].
: - [[Manuel Antônio de Castro]]
: - [[Manuel Antônio de Castro]]

Edição de 13h30min de 27 de Novembro de 2016

1

Se o tempo fosse apenas movimento cronológico não haveria a menor possibilidade de o movimento e as suas imagens fazerem sentido para nós, pois haveria um contínuo aparecer e desaparecer, ou seja, a imagem, a representação e o tempo pressupõem a memória, isto é, a unidade ou identidade das diferenças. O mesmo se aplica à tensão de língua e linguagem, de fala e silêncio. Sem identidade, tempo e memória não há código e comunicação. O código é a identidade e o tempo da memória transformados em sistema de representações. Nenhum sistema opera sem o vigorar da realidade physis e sua verdade (aletheia).


- Manuel Antônio de Castro


2

Na comunicação, tanto o emissor como o receptor devem anular ao máximo suas singularidades, o que cada um tem de próprio, em favor da objetividade das informações e dos conhecimentos conceituais. Disso decorre que eles se põem de fora e sempre falam sobre o que se informa ou comunica. Isto é possível porque tudo está centralizado no instrumento comunicativo enquanto código, pois a linguagem é reduzida a um meio. Mas será que o diálogo se reduz a isso? Não. Neste caso, vamos ter o que se denomina código, algo comum tanto ao emissor quanto ao receptor, pelo qual os dois estão inseridos e imersos no que se denomina contexto ou conjuntura, algo funcional do ponto de vista da necessidade de comunicação. O essencial do código é a impessoalidade, o funcional e abstrato. E, claro, todo código já pressupõe linguagem e língua. Por isso mesmo, a linguagem é reduzida a meio e a língua a mensagens.


- Manuel Antônio de Castro
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