Perigo

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "A [[linguagem]] [[é]] nosso maior [[bem]], mas também o mais [[perigoso]]. Por quê? Porque podemos [[viver]] em [[errância]] em meio aos [[entes]], à posse cada vez maior disto e daquilo, querendo ter [[conhecimentos]] sem [[ser]] o que se conhece, em meio às [[vivências]] [[estéticas]], ao uso desse bem maior como simples e mero [[instrumento]] de [[comunicação]]. Nisto consiste o [[perigo]]. [[Perigo]] tem o [[mesmo]] [[radical]] de ''peras'', [[palavra]] [[grega]], que significa ''[[limite]]''. Que [[limite]]? O do [[ente]], o das relações intramundanas dos [[entes]], o afã em torno dos [[entes]] e da posse deles e não do [[ser]]" (1).

Edição atual tal como 21h59min de 23 de Novembro de 2025

1

"Então, que grande perigo se aproxima? Então a máxima e mais eficaz sagacidade do planeamento e da invenção que calculam andaria a par da indiferença para com a reflexão, para com a ausência total de pensamentos. E então? Então o Homem teria renegado e rejeitado aquilo que tem de mais próprio, ou seja, o facto de ser um ser que reflete. Por isso, o importante é salvar essa essência do homem. Por isso, o importante é manter desperta a reflexão" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. Serenidade. Lisboa: Instituto Piaget. Trad. Maria Madalena Andrade e Olga Santos, s/d., p. 26.

2

"A linguagem é nosso maior bem, mas também o mais perigoso. Por quê? Porque podemos viver em errância em meio aos entes, à posse cada vez maior disto e daquilo, querendo ter conhecimentos sem ser o que se conhece, em meio às vivências estéticas, ao uso desse bem maior como simples e mero instrumento de comunicação. Nisto consiste o perigo. Perigo tem o mesmo radical de peras, palavra grega, que significa limite. Que limite? O do ente, o das relações intramundanas dos entes, o afã em torno dos entes e da posse deles e não do ser" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. Linguagem: nosso maior bem. Série Aulas Inaugurais. Faculdade de Letras, UFRJ, 2o. sem. / 2004, p. 27.
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