Fragmento
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | :"Assim como o [[homem]] e a [[natureza]] jamais se perfazem, a [[obra]] de [[arte]] ironicamente se apresenta imperfeita, incompleta, inacabada. Intimamente associada ao [[real]] que não cessa de se realizar e desrealizar, a [[forma]] poética autenticamente irônica é necessariamente fragmentária. À poesia como forma essencialmente fragmentária só convém a instauração crítica de uma [[arte]] poética fragmentariamente elaborada. Compreende-se, portanto, o motivo por que são críticos os fragmentos poetológicos de F. Schlegel" (1) | + | : "Assim como o [[homem]] e a [[natureza]] jamais se perfazem, a [[obra]] de [[arte]] ironicamente se apresenta imperfeita, incompleta, inacabada. Intimamente associada ao [[real]] que não cessa de se [[realizar]] e desrealizar, a [[forma]] [[poética]] autenticamente [[irônica]] é necessariamente fragmentária. À [[poesia]] como [[forma]] [[essencialmente]] fragmentária só convém a instauração [[crítica]] de uma [[arte]] [[poética]] fragmentariamente elaborada. Compreende-se, portanto, o [[motivo]] por que são [[críticos]] os [[fragmentos]] poetológicos de F. Schlegel" (1). |
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- | :- [[ | + | : "A alternância eterna da [[ironia]] romântica, que se fundamenta na estrutura auto-reflexiva do sujeito humano e no [[duplo]] domínio da [[vida]] e da [[morte]] da natureza que bem quer criar e nadificar-se, é dinamicamente articulada pela correlação [[dialética]] da [[poesia]] e da [[reflexão]]" (2). |
+ | : A esta correlação contrapõe-se a correlação [[sujeito]]/[[objeto]] da [[filosofia]] e [[ciência]]. | ||
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- | :(2) Idem, pp. 33-4. | + | : Referências: |
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+ | : (1) SOUZA, Ronaldes de Melo e. "Introdução à poética da ironia". In: '''Revista de Letras da UVA''', nº 1. Rio de Janeiro, Ano I, out. de 2000, p. 36. | ||
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+ | : (2) Idem, pp. 33-4. |
Edição de 16h07min de 17 de fevereiro de 2022
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- "Assim como o homem e a natureza jamais se perfazem, a obra de arte ironicamente se apresenta imperfeita, incompleta, inacabada. Intimamente associada ao real que não cessa de se realizar e desrealizar, a forma poética autenticamente irônica é necessariamente fragmentária. À poesia como forma essencialmente fragmentária só convém a instauração crítica de uma arte poética fragmentariamente elaborada. Compreende-se, portanto, o motivo por que são críticos os fragmentos poetológicos de F. Schlegel" (1).
- Antes dissera:
- "A alternância eterna da ironia romântica, que se fundamenta na estrutura auto-reflexiva do sujeito humano e no duplo domínio da vida e da morte da natureza que bem quer criar e nadificar-se, é dinamicamente articulada pela correlação dialética da poesia e da reflexão" (2).
- Referências:
- (1) SOUZA, Ronaldes de Melo e. "Introdução à poética da ironia". In: Revista de Letras da UVA, nº 1. Rio de Janeiro, Ano I, out. de 2000, p. 36.
- (2) Idem, pp. 33-4.