Eîdos

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) SCHUBACK, Márcia Sá Cavalcante. "As cordas serenas de Ulisses". In: ''Ensaios de filosofia - Homenagem a Emmanuel Carenerio Leão''. Márcia S.C. Schuback (org.). Petrópolis: Vozes, 1999, p. 172.
: (1) SCHUBACK, Márcia Sá Cavalcante. "As cordas serenas de Ulisses". In: ''Ensaios de filosofia - Homenagem a Emmanuel Carenerio Leão''. Márcia S.C. Schuback (org.). Petrópolis: Vozes, 1999, p. 172.
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: (2) [[Manuel Antônio de Castro]]
: (2) [[Manuel Antônio de Castro]]
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: "Não esqueçamos que a [[questão]] de todos os grandes [[pensadores]] e [[poetas]] foi, é e será, a [[questão]] do [[permanente]] no que não cessa de [[mudar]]. Essa é a [[questão]] do [[uni-versal]]. Como [[uni-versal]], o [[pensador]] propõe o ''[[eidos]]''. Este se origina-se do [[verbo]] [[ver]], em [[grego]] ''eidenai'', e diz que tal [[ver]] já nos foi doado pelo [[ser]] ao nos [[constituir]] como [[seres humanos]], qualquer [[ser humano]] em todas as [[épocas]]. É esse [[ver]] que diferencia o [[ser humano]] de todos os outros [[seres]]" (1).
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:  Referência:
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:  (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Leitura: compreender e interpretar". In: -----. ''Leitura: questões''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 89.

Edição de 21h56min de 13 de Setembro de 2019

1

"Platão descobre que para aproximar-se das coisas é preciso reconhecê-las como tais e que esse reconhecimento se faz mediante um acompanhamento de seus contornos, de suas linhas-limites, de seus aspectos, de sua aparência, o que na língua grega de Platão se diz com as palavras eîdos e ideia. Seguir as ideias das coisas significa seguir os limites de seu contorno ..." (1). Esse limite não vem do ver da nossa visão, mas do dar-se a ver das coisas e, mais, do já ter visto na medida em que já vigoramos em tudo que se dá a ver, retraindo-se, velando-se. É esse o vigorar da verdade, ou seja, a-letheia, em grego. Por isso podemos ter ideias e não ficar presos ao que já se conheceu e viu. É o poder ver no já visto o não-visto, isto é, no passado o presente do futuro. É isso o ideal. Tal nos advém por vigorarmos no Ser. Somos entre-ser, ou seja, o sendo no limite e não-limite do Ser (2).


Referência:
(1) SCHUBACK, Márcia Sá Cavalcante. "As cordas serenas de Ulisses". In: Ensaios de filosofia - Homenagem a Emmanuel Carenerio Leão. Márcia S.C. Schuback (org.). Petrópolis: Vozes, 1999, p. 172.
(2) Manuel Antônio de Castro


2

"Não esqueçamos que a questão de todos os grandes pensadores e poetas foi, é e será, a questão do permanente no que não cessa de mudar. Essa é a questão do uni-versal. Como uni-versal, o pensador propõe o eidos. Este se origina-se do verbo ver, em grego eidenai, e diz que tal ver já nos foi doado pelo ser ao nos constituir como seres humanos, qualquer ser humano em todas as épocas. É esse ver que diferencia o ser humano de todos os outros seres" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Leitura: compreender e interpretar". In: -----. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 89.
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