Hybris

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: “Em toda de-cisão (julgamento, seja de que natureza for), implícita ou explicitamente, sempre agimos dentro de certos [[critérios]] (conscientes ou inconscientes, bons ou maus, justos ou injustos, ideológicos ou poéticos, éticos ou anti-éticos). São estes que conferem aos [[atos]] de diferentes ''krites'' uma certa [[unidade]], tendo como [[horizonte]] na ''[[krisis]]'' sempre o ''[[krinein]]''. Os [[critérios]] são de alguma maneira um [[paradigma]] do que se poderia chamar e sempre se chamou [[medida]]. Mas que [[medida]]? A do plano [[humano]], da [[razão]], da política, do [[poder]] da [[vontade]]? Ou a [[medida]] do [[humano]], medido pela [[vigência]] e [[dizer]] do [[sagrado]]? Por isso, os gregos chamaram a falta de [[medida]] a [[desmedida]], a [[hybris]]. Esta refere-se sempre ao [[ético]] como o [[poético]] do [[humano]], [[tempo]] como [[horizonte]] a [[vigência]] do [[sagrado]]” (1).

Edição de 20h52min de 3 de Agosto de 2019

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“Em toda de-cisão (julgamento, seja de que natureza for), implícita ou explicitamente, sempre agimos dentro de certos critérios (conscientes ou inconscientes, bons ou maus, justos ou injustos, ideológicos ou poéticos, éticos ou anti-éticos). São estes que conferem aos atos de diferentes krites uma certa unidade, tendo como horizonte na krisis sempre o krinein. Os critérios são de alguma maneira um paradigma do que se poderia chamar e sempre se chamou medida. Mas que medida? A do plano humano, da razão, da política, do poder da vontade? Ou a medida do humano, medido pela vigência e dizer do sagrado? Por isso, os gregos chamaram a falta de medida a desmedida, a hybris. Esta refere-se sempre ao ético como o poético do humano, tempo como horizonte a vigência do sagrado” (1).


Referência Bibliográfica:


(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Criticar, origem e vigência". In: www.travessiapoetica.blogspot.com.
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