Instante
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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:- [[Manuel Antônio de Castro]]. | :- [[Manuel Antônio de Castro]]. |
Edição de 13h49min de 11 de Julho de 2011
Tabela de conteúdo |
1
- Só podemos falar em causalidade e sucessividade porque o tempo é memória, a unidade que dá sentido a todos os viventes e instantes da vida. O instante é o presente enquanto sentido do tempo, da vida, da memória. Só há instante para o vivente, não para o ser, a vida, o tempo, a memória. Por outro lado, sem estes não há vivente nem instante nem lembrança.
2
- Como o tempo se dá em instantes, não poderíamos experienciar nenhum instante como tempo se este não fosse sentido, ou seja, linguagem. A linguagem é o sentido do tempo na medida em que este é vida, é memória, é ser. A linguagem é a unidade da memória vigorando enquanto sentido.
3
- Cada palavra, cada oração, cada língua, cada possibilidade de discurso, é sempre possibilidade da linguagem em cada vivente, não interessa qual seja a língua, assim como cada vivente é possibilidade da vida e cada instante é possibilidade do tempo, não interessa a época nem a [[cultura].
4
- O vivente só vive e sabe que vive e pensa a vida porque sua vida como vivente já vigora na Vida como tempo e este como unidade ou sentido. A sucessividade de nossa vida nunca nos aparece, nem como um amontoado desconexo de momentos, nem como uma sequência linear e causal de vivências. Vivemos de surpresas inesperadas. São os instantes, o vigorar e acontecer do inesperado. Isso é o sentido não a explicação racional e muito menos o significado. O inesperado é a fonte produtora de tudo que se espera e não se espera.