Literatura
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→5) |
(→6) |
||
Linha 44: | Linha 44: | ||
== 6 == | == 6 == | ||
- | :“[...], em literaturas não se lida com precisões científicas, e sim com imprecisões de [[caminho|caminhos]]. Estes, cuja importância está no próprio caminhar e não num possível destino de chegada” (1). | + | : “[...], em [[literaturas]] não se lida com precisões científicas, e sim com imprecisões de [[caminho|caminhos]]. Estes, cuja importância está no próprio caminhar e não num possível destino de chegada” (1). |
- | :Referência: | + | : Referência: |
- | :(1) PESSANHA, Fábio Santana. ''A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos | + | : (1) PESSANHA, Fábio Santana. '''A [[hermenêutica]] do [[mar]] – Um estudo sobre a [[poética]] de Virgílio de Lemos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 166.''' |
Edição de 21h46min de 6 de janeiro de 2025
1
- "Muitos são ainda os que misturam duas coisas, embora interligadas, bastante diferentes: tendem a confundir o que é literatura com o que se faz com a literatura. Claro que a literatura, por ser o que é, se presta a várias funções, o que não pode é ser reduzida a isso e muito menos justificá-la a partir disso" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. O acontecer poético - a história literária. Rio de Janeiro: Antares, 1982, p. 67.
- Ver também:
2
- "Tanto a estética como a teoria literária já devem saber, de antemão, o que é arte e o que é poesia, para então poder encontrar, tratar ou julgar certas obras, como de arte, e certos versos, como um poema. E à medida em que ignorarem tal modo de ser, será a medida em que não sabem o que fazem. É por isso que se afanam tanto com discussões sobre as muitas gêneses, a autoria e a assinatura de obras e poemas. Assim é por nos acharmos tão enleados nas tramas que as representações do saber moderno tecem em torno da vida, que temos tamanha dificuldade de nos desvencilhar de tantas respostas e pensar a experiência radical da vida, propiciada pela simplicidade de um viver originário" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Uma leitura órfica de uma sentença grega". In: Aprendendo a pensar II. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 132.
3
- "Literatura pode ser definida como formação porque con-figura, dá forma ao acontecer da forma, ao acontecer da compreensão, ou seja, a uma mudança de foco em que o olhar, a escuta seguem o acontecer de um aparecer das coisas, das situações, dos carcteres, seguem o seu vir ao mundo" (1).
- Referência:
- (1) SCHUBACK, Márcia Sá Cavalcante. Bildung e literatura. In: MEES, Leonardo e PIZZOLANTE, Romulo (orgs). O presente do filósofo. Rio de Janeiro: Mauad, 2008, p. 45.
4
- "Mas a literatura nunca é uma preocupação apenas nacional. O escritor que se recolhe e antes de mais nada empreende uma viagem para dentro de si mesmo haverá de descobrir ao longo dos anos a regra eterna da literatura: é preciso ter o talento de contar as próprias histórias como se fossem histórias dos outros, e contar as histórias dos outros como se fossem suas, porque isso é a literatura. Mas antes é preciso viajar pelas histórias e pelos livros de outros" (1).
- Referência:
- (1) PAMUK, Orhan. A maleta de meu pai. São Paulo: Cia. das Letras, 2007, 19.
5
- "Se a literatura tem algum poder - já que, antes de tudo ela promove o contato com nossas limitações -, seu poder é de descobrir conexões ali onde parece haver apenas o inacessível e a interdição. É de abrir lugar para que o ausente enfim tome corpo. A ficção traça pontes que ligam mundos incomunicáveis. Ela nos ajuda, assim, não apenas a suportar, mas a desejar o impossível. Trabalha com a ignorância, transformando-a em energia" (1).
- (1) CASTELLO, José. Crônica: "A presença da ausência". In: ------------. "Prosa", O Globo: Rio de Janeiro, 22-11-2014, p.5.
6
- “[...], em literaturas não se lida com precisões científicas, e sim com imprecisões de caminhos. Estes, cuja importância está no próprio caminhar e não num possível destino de chegada” (1).
- Referência:
- (1) PESSANHA, Fábio Santana. A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 166.