Lugar-comum

De Dicionário de Poética e Pensamento

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: A [[vida]] para a maioria é feita de [[lugares-comuns]]. Mas no fundo, bem fundo, querendo [[ser]], mora a [[solidão]] encoberta na [[realidade]] distante dos [[sonhos]] que os [[lugares-comuns]] não deixam se [[desvelar]]. Eis porque o [[amor]] é o [[desvelo]] do [[próprio]], porque os [[sentimentos]] não passam de [[lugares-comuns]] que fazem as vezes da [[solidão]] velada. E os [[sonhos]] reforçam [[símbolos]] de uma [[realidade]] que nunca chega, dissimulada na aparente [[novidade]] dos [[lugares-comuns]]. [[Pensar]] o [[lugar-comum]] é uma tarefa constante para [[viver]] o [[próprio]], quando então ele é superado. Superando o [[lugar-comum]] nos defrontamos com  os desafios do [[agir]] [[ético]] e não mais com os [[valores]] impostos da [[moral]]. O [[fundamento]] da [[moral]] é o [[lugar-comum]]. O [[lugar-comum]] é o [[valor]] que auto-se-fundamenta.  
: A [[vida]] para a maioria é feita de [[lugares-comuns]]. Mas no fundo, bem fundo, querendo [[ser]], mora a [[solidão]] encoberta na [[realidade]] distante dos [[sonhos]] que os [[lugares-comuns]] não deixam se [[desvelar]]. Eis porque o [[amor]] é o [[desvelo]] do [[próprio]], porque os [[sentimentos]] não passam de [[lugares-comuns]] que fazem as vezes da [[solidão]] velada. E os [[sonhos]] reforçam [[símbolos]] de uma [[realidade]] que nunca chega, dissimulada na aparente [[novidade]] dos [[lugares-comuns]]. [[Pensar]] o [[lugar-comum]] é uma tarefa constante para [[viver]] o [[próprio]], quando então ele é superado. Superando o [[lugar-comum]] nos defrontamos com  os desafios do [[agir]] [[ético]] e não mais com os [[valores]] impostos da [[moral]]. O [[fundamento]] da [[moral]] é o [[lugar-comum]]. O [[lugar-comum]] é o [[valor]] que auto-se-fundamenta.  
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: Se há blocos de [[conceitos]] e valores estabelecidos e repetidos pelos hábitos sócio-culturais em perfeita simbiose com a [[estrutura]] sintática e lógica da língua das [[frases]] feitas, também há os seres humanos, ditos inovadores, espirituosos, de uma inventividade espontânea, sem qualquer pretensão de [[ser]] original, que superam o [[lugar-comum]].
: - [[Manuel Antônio de Castro]].
: - [[Manuel Antônio de Castro]].

Edição de 22h37min de 12 de Abril de 2019

1

A vida para a maioria é feita de lugares-comuns. Mas no fundo, bem fundo, querendo ser, mora a solidão encoberta na realidade distante dos sonhos que os lugares-comuns não deixam se desvelar. Eis porque o amor é o desvelo do próprio, porque os sentimentos não passam de lugares-comuns que fazem as vezes da solidão velada. E os sonhos reforçam símbolos de uma realidade que nunca chega, dissimulada na aparente novidade dos lugares-comuns. Pensar o lugar-comum é uma tarefa constante para viver o próprio, quando então ele é superado. Superando o lugar-comum nos defrontamos com os desafios do agir ético e não mais com os valores impostos da moral. O fundamento da moral é o lugar-comum. O lugar-comum é o valor que auto-se-fundamenta.


- Manuel Antônio de Castro.


2

Se há blocos de conceitos e valores estabelecidos e repetidos pelos hábitos sócio-culturais em perfeita simbiose com a estrutura sintática e lógica da língua das frases feitas, também há os seres humanos, ditos inovadores, espirituosos, de uma inventividade espontânea, sem qualquer pretensão de ser original, que superam o lugar-comum.


- Manuel Antônio de Castro.
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