Negatividade

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: "[[Viver]] já estamos vivendo. [[Morrer]] já estamos morrendo sempre. [[Viver]] é [[morrer]] para que morrendo vivamos. O que isso implica? Uma [[procura]] permanente e radical: [[ser]] o que não-é, ou seja, [[ser]] [[feliz]]. Onde [[ser]] [[feliz]] é [[ser]] o [[não-ser]]. Não é apenas uma [[negatividade]] positiva, é toda a [[positividade]] do [[ser]] [[feliz]]. [[Negatividade]], fora das [[relações]] funcionais entitativas, jamais indica [[mal]], só o [[bem]] (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' “O [[mito]] de [[Midas]] da [[morte]] ou do [[ser feliz]]”. In: ------. [[Arte]]: o [[humano]] e o [[destino]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 206.'''

Edição atual tal como 22h19min de 24 de Abril de 2025

1

A negatividade essencial é a morte. Confrontados com a morte, só acharemos seu sentido, não nas respostas que se derem, só na experienciação de seu vigorar como silêncio, sentido e vigência do sagrado. Não experienciamos o silêncio quando nos calamos, mas quando nos deixamos tomar pelo próprio: sermos ser, viventes para a morte.


- Manuel Antônio de Castro

2

"Viver já estamos vivendo. Morrer já estamos morrendo sempre. Viver é morrer para que morrendo vivamos. O que isso implica? Uma procura permanente e radical: ser o que não-é, ou seja, ser feliz. Onde ser feliz é ser o não-ser. Não é apenas uma negatividade positiva, é toda a positividade do ser feliz. Negatividade, fora das relações funcionais entitativas, jamais indica mal, só o bem (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. “O mito de Midas da morte ou do ser feliz”. In: ------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 206.
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