Divindade

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: "Em primeiro lugar, considerando a divindade como um ente imortal e bem-aventurado, como sugere a percepção comum de divindade, não atribuas a ela nada que seja incompatível à sua bem-aventurança; pensa a respeito dela tudo que for capaz de conservar-lhe felicidade e imortalidade" (1).
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: "Em primeiro lugar, considerando a [[divindade]] como um [[ente]] [[imortal]] e bem-aventurado, como sugere a [[percepção]] comum de [[divindade]], não atribuas a ela [[nada]] que seja incompatível à sua bem-aventurança; pensa a respeito dela [[tudo]] que for capaz de conservar-lhe [[felicidade]] e [[imortalidade]]" (1).
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: (1) EPICURO. ''Carta sobre a felicidade'' (a Meneceu). Trad. e Apresentação de Álvaro Lorencini e Enzo Del Carratore. São Paulo: Editora UNESP, 2002, p. 23.
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: (1) EPICURO. '''Carta sobre a [[felicidade]] (a Meneceu). Trad. e Apresentação de Álvaro Lorencini e Enzo Del Carratore. São Paulo: Editora UNESP, 2002, p. 23.'''
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: "Este elemento [[cristão]] da [[interioridade]] do [[homem]] foi muito explorado por Santo Agostinho. No entanto, Agostinho refletindo sobre a [[interioridade]], retirando-se para dentro da sua [[própria]] [[interioridade]] descobriu dentro de si uma [[interioridade]] mais [[interior]] do que ele mesmo era [[interior]] a si mesmo: o [[espírito]] [[infinito]] da [[divindade]]" (1).
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: (1) [[HUMMES]], o.f.m. Frei Cláudio. '''[[Metafísica]]. Mimeo. Curso dado em Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois foi sagrado Bispo e posteriormente foi nomeado Cardeal. Já faleceu.'''
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: "Aquém de todo antropomorfismo e de todo [[antropocentrismo]], aquém de todo politeísmo e de todo [[monoteísmo]], aquém de todo [[materialismo]]  e de todo [[ateísmo]], o que se impõe e importa [[pensar]] hoje é a [[referência]] [[originária]] do [[homem]] à [[divindade]]. É o [[sentido]] cairológico das [[diferentes]] [[figuras]] [[históricas]] de que ela se cobriu tanto nas [[religiões]] da [[Natureza]] como nas [[religiões]] do [[Espírito]], tanto nas [[religiões]] da [[Substância]] como nas [[religiões]] do [[Sujeito]], tanto nas [[religiões]] do [[Absoluto]] como nas [[religiões]] do Absurdo. E dentro desta [[perspectiva]] é [[possível]] [[perguntar]] se a precipitação do [[Divino]] na [[representação]] [[metafísica]] de um só [[Deus]] não afundou ainda mais o [[mundo]] no [[esquecimento]] do [[Ser]] e do [[Sagrado]]" (1).
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. '''[[Aprendendo]] a [[pensar]] I. Teresópolis: Daimon, 2008, p. 216.'''

Edição atual tal como 19h19min de 21 de Abril de 2025

1

"Em primeiro lugar, considerando a divindade como um ente imortal e bem-aventurado, como sugere a percepção comum de divindade, não atribuas a ela nada que seja incompatível à sua bem-aventurança; pensa a respeito dela tudo que for capaz de conservar-lhe felicidade e imortalidade" (1).


Referência:
(1) EPICURO. Carta sobre a felicidade (a Meneceu). Trad. e Apresentação de Álvaro Lorencini e Enzo Del Carratore. São Paulo: Editora UNESP, 2002, p. 23.

2

"Este elemento cristão da interioridade do homem foi muito explorado por Santo Agostinho. No entanto, Agostinho refletindo sobre a interioridade, retirando-se para dentro da sua própria interioridade descobriu dentro de si uma interioridade mais interior do que ele mesmo era interior a si mesmo: o espírito infinito da divindade" (1).


Referência:
(1) HUMMES, o.f.m. Frei Cláudio. Metafísica. Mimeo. Curso dado em Daltro Filho / Imigrantes, RS, 1963. Depois foi sagrado Bispo e posteriormente foi nomeado Cardeal. Já faleceu.

3

"Aquém de todo antropomorfismo e de todo antropocentrismo, aquém de todo politeísmo e de todo monoteísmo, aquém de todo materialismo e de todo ateísmo, o que se impõe e importa pensar hoje é a referência originária do homem à divindade. É o sentido cairológico das diferentes figuras históricas de que ela se cobriu tanto nas religiões da Natureza como nas religiões do Espírito, tanto nas religiões da Substância como nas religiões do Sujeito, tanto nas religiões do Absoluto como nas religiões do Absurdo. E dentro desta perspectiva é possível perguntar se a precipitação do Divino na representação metafísica de um só Deus não afundou ainda mais o mundo no esquecimento do Ser e do Sagrado" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo a pensar I. Teresópolis: Daimon, 2008, p. 216.
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