Indiscernível
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→1) |
(→1) |
||
(9 edições intermediárias não estão sendo exibidas.) | |||
Linha 1: | Linha 1: | ||
== 1 == | == 1 == | ||
- | :O [[vivente]] é a vida se dando em [[discernimento]], em [[diferença]], sendo irrepetível, como o vigorar do amor. Já o nosso poeta-pensador Guimarães Rosa no conto “O espelho” afirma: “Ainda que tirados de imediato um após outro, os retratos sempre serão entre si muito diferentes” (1). Só os conceitos reduzem a [[realidade]] ao indiscernível, porque fazem dela uma [[representação]] como [[suporte]]. São as máscaras do “eu” e de | + | : O [[vivente]] é a vida se dando em [[discernimento]], em [[diferença]], sendo irrepetível, como o vigorar do amor. Já o nosso poeta-pensador Guimarães [[Rosa]] no conto “O espelho” afirma: “Ainda que tirados de imediato um após outro, os retratos sempre serão entre si muito diferentes” (1). Só os conceitos reduzem a [[realidade]] ao indiscernível, porque fazem dela uma [[representação]] como [[suporte]]. São as máscaras do “eu” e de um [[amar]] subjetivo. |
- | :- [[Manuel Antônio de Castro]]. | + | : - [[Manuel Antônio de Castro]]. |
- | :Referência: | + | : Referência: |
- | :(1) ROSA, João Guimarães. ''Primeiras estórias | + | : (1) [[ROSA]], João Guimarães. '''Primeiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967, p. 71.''' |
+ | |||
+ | == 2 == | ||
+ | : "Só os [[conceitos]] reduzem a [[realidade]] ao [[indiscernível]] porque fazem dela uma [[representação]] como [[suporte]]; são as [[máscaras]] do “[[eu]]” e de um [[amar]] [[subjetivo]]. Por isso, é que não se pode [[acolher]] a [[questão]] da [[morte]] com [[conceitos]], com [[suportes]], seja lá de que ordem for. Toda [[questão]] é o [[vigorar]] do discernível porque é o [[vigorar]] da [[realidade]]. Tal discernibilidade acontece enquanto [[poesia]] e [[pensamento]], que são [[possibilidades]] de a [[realidade]] se [[dar]]" (1). | ||
+ | |||
+ | |||
+ | : Referência: | ||
+ | |||
+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de.''' "A gota d’[[água]] e o [[mar]]". In: -----. [[Arte]]: o [[humano]] e o [[destino]]. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 247.''' |
Edição atual tal como 19h49min de 24 de março de 2025
1
- O vivente é a vida se dando em discernimento, em diferença, sendo irrepetível, como o vigorar do amor. Já o nosso poeta-pensador Guimarães Rosa no conto “O espelho” afirma: “Ainda que tirados de imediato um após outro, os retratos sempre serão entre si muito diferentes” (1). Só os conceitos reduzem a realidade ao indiscernível, porque fazem dela uma representação como suporte. São as máscaras do “eu” e de um amar subjetivo.
- Referência:
- (1) ROSA, João Guimarães. Primeiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967, p. 71.
2
- "Só os conceitos reduzem a realidade ao indiscernível porque fazem dela uma representação como suporte; são as máscaras do “eu” e de um amar subjetivo. Por isso, é que não se pode acolher a questão da morte com conceitos, com suportes, seja lá de que ordem for. Toda questão é o vigorar do discernível porque é o vigorar da realidade. Tal discernibilidade acontece enquanto poesia e pensamento, que são possibilidades de a realidade se dar" (1).
- Referência: