Poema
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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- | : (1) PESSANHA, Fábio Santana. ''A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. | + | : (1) PESSANHA, Fábio Santana. ''A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 44. |
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Edição atual tal como 15h03min de 12 de Setembro de 2019
1
- "O que um poema comunica não é primeiro da ordem de um conteúdo de pensamento, ele faz ouvir primeiro uma voz que é portadora de uma tonalidade afetiva" (1).
- Referência:
- (1) HAAR, Michel. "A 'elaboração' da verdade". In: -----. A obra de arte. Trad. Maria Helena Kühner. Rio de Janeiro: Difel, 2.000, p. 95.
2
- “Todo poema é poema de uma sonoridade e de uma temporalidade de presenças e ausências. Todo poema engendra fazer já que é uma afirmação de seu próprio, de sua temporalidade e de sua espacialidade. Todo poema é lugar. Todo poema é lugar de onde nunca podemos simplesmente sair. O próprio é o componente de todo poema, de toda ação e de toda poética. Nenhum poema não tem próprio. Todo poema é próprio! É por sua propriedade que ele nos chega mesmo quando não o entendemos muito bem" (1).
- Referência:
- (1) JARDIM, Antônio. "Permanência e atualidade da Poética". In: Tempo Brasileiro, 171, out.-dez., 2007, p. 5.
3
- O eu-lírico é um conceito abstrato-formal inexistente, a que nenhuma realidade corresponde. Quando num poema fala um eu, se o poema é verdadeiro, este será sempre fala da poesia. Jamais será fala do poeta ou um formal e abstrato eu-lírico. É o eu-concreto da poesia manifestando-se no poeta e nos leitores que verdadeiramente têm o poema da poesia. O poeta ou o leitor fala, mas quem diz é a poesia. Um poema é verdadeiro quando é esse dizer concreto da poesia.
- Ver também:
4
- "O poema é uma das maneiras como a poesia se manifesta, como também é a música, a arquitetura e a culinária" (1).
- Referência:
- (1) MÁRCIO-ANDRÉ. "Ser topônimo de si mesmo". In: Revista Tempo Brasileiro, 201/202 - Globalização, pensamento e arte. Rio de Janeiro, abr.-set., 2015, p. 179.
5
- " ... um poema no papel depende de um leitor aberto à poesia que possa “extrair” dele. Sem esta abertura, esta “preparação”, o poema é apenas um texto no papel. O poder poético guardado nas coisas e no poema necessita ser aberto com chave ou punho. Não está pronto simplesmente, exige uma intervenção corporal" (1).
- Referência:
- (1) MÁRCIO-ANDRÉ. "Ser topônimo de si mesmo". In: Revista Tempo Brasileiro, 201/202 - Globalização, pensamento e arte. Rio de Janeiro, abr.-set., 2015, p. 179.
6
- “Um poema não quer dizer, ele diz. E esse dizer não é um ‘fazer como’, uma indicação de um caminho a seguir, mas é o próprio caminhar. Ler um poema é se abrir ao indizível, por isso, como podemos dizer que um poema retrata, caracteriza ou luta por algo?
- O impacto de um poema não se restringe apenas à explosão subjetiva das sensações, isto é, o poema não está a serviço da sensibilidade, do sensório. Mais do que isso, ele nos convoca a adentrarmos naquilo que não conhecemos sobre nosso próprio; um caminho de procura cuja busca se dá na peregrinação do que estamos sendo, portanto, um ato contínuo de desencobrimento.
- Um poema é uma abertura, então devemos lê-lo sem querer respostas, mas de maneira questionante. Devemos ser com o poema” (1).
- Referência:
- (1) PESSANHA, Fábio Santana. A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 44.
- Ver também: