Vazio

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Aprender e Ensinar". In: -----. ''Aprendendo a pensar''. Petrópolis R/J: Vozes, 1977, p. 45.
: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Aprender e Ensinar". In: -----. ''Aprendendo a pensar''. Petrópolis R/J: Vozes, 1977, p. 45.
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: “A [[não-ação]] do [[sábio]] não é a [[inação]].
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: Não é estudada. Coisa alguma a abala.
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: O [[sábio]] é [[quieto]] porque não se altera
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: Não porque ele queira [[ser]] [[quieto]]”.
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: “O [[coração]] do [[sábio]] está tranquilo.
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: É o [[espelho]] do [[céu]] e da [[terra]].
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: O [[espelho]] de tudo.
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: É [[vazio]], é [[quieto]], é tranquilo, é sem-sabor
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: O [[silêncio]], a [[não-ação]]: esta é a [[medida]] do [[céu]] e da [[terra]]”.
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: “Assim, do [[vazio]] do [[sábio]] surge a [[quietude]]:
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: Da [[quietude]], a [[ação]]. Da [[ação]], a [[realização]].
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: Da sua [[quietude]] vem sua [[não-ação]], que é também [[ação]]
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: E é, portanto, sua [[realização]].
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: Pois a [[quietude]] é [[alegria]]. A [[alegria]] é isenta de preocupações,
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: Fértil por muitos anos.
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: A [[alegria]] faz tudo despreocupadamente:
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: O [[silêncio]] e a [[não-ação]]
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: Eis a raiz de todas as [[coisas]]” (1).
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TZU, Chuang. “Ação e não-ação”. In: MERTON, Thomas. ‘‘A via de Chuang Tzu’’. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 106.

Edição de 20h20min de 6 de Agosto de 2018

Tabela de conteúdo

1

"Vejamos três pontos de diferentes tamanhos. No vazio, é impossível determinar a medida, a representação. Só os três entre si possibilitam determinar uma medida. Nos três pontos, o tamanho é determinado pela relação entre eles e não por eles, em si mesmo, quanto ao tamanho" (1).


 : Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Época e tempo poético". In: ---------. Leitura: questões. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2015, p. 279.

2

"Trinta raios convergem, no círculo de uma roda
E pelo espaço que há entre eles
Origina-se a utilidade da roda
A argila é trabalhada na forma de vasos
E no vazio origina-se a utilidade deles
Origina-se a utilidade da roda
Abrem-se portas e janelas nas paredes da casa
E pelos vazios é que podemos utilizá-la
Assim, da não-existência vem a utilidade, e
da existência, a posse" (1)


Referência:
(1) LAO TSE. Tao te king - O livro do sentido e da vida. Tradução e Introdução Norberto de Paulo Lima. São Paulo: Hemus Editora, 1983, p. 39.


3

"Numa fossa da vida, quando distamos igualmente da esperança e do desespero, e a banalidade de todo dia estende um vazio onde se nos afigura indiferente se há ou não empenho. Ressoa novamente a questão: a existência se dá sempre como o penhor de todo empenho e desempenho" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Aprender e Ensinar". In: -----. Aprendendo a pensar. Petrópolis R/J: Vozes, 1977, p. 45.


4

“A não-ação do sábio não é a inação.
Não é estudada. Coisa alguma a abala.
O sábio é quieto porque não se altera
Não porque ele queira ser quieto”.

....................................................

“O coração do sábio está tranquilo.
É o espelho do céu e da terra.
O espelho de tudo.
É vazio, é quieto, é tranquilo, é sem-sabor
O silêncio, a não-ação: esta é a medida do céu e da terra”.

.........................................................

“Assim, do vazio do sábio surge a quietude:
Da quietude, a ação. Da ação, a realização.
Da sua quietude vem sua não-ação, que é também ação
E é, portanto, sua realização.
Pois a quietude é alegria. A alegria é isenta de preocupações,
Fértil por muitos anos.
A alegria faz tudo despreocupadamente:
O silêncio e a não-ação
Eis a raiz de todas as coisas” (1).

TZU, Chuang. “Ação e não-ação”. In: MERTON, Thomas. ‘‘A via de Chuang Tzu’’. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 106.

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