Melancolia

De Dicionário de Poética e Pensamento

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Melancolia, (do grego μελαγχολία — melagcholía; de μέλας — mélas: "negro", e χολή — kholé: "bílis"), é uma tristeza vaga, permanente e profunda, que leva o sujeito a sentir-se triste e a não desfrutar dos prazeres da vida. Ela pode surgir devido a causas físicas e / ou morais.
A melancolia se manifesta como uma apatia generalizada, uma total ausência de ânimo. A inércia e o tédio também são características marcantes de um indivíduo melancólico. Viver na melancolia é como se preencher de um vazio. A melancolia é mais profunda e persistente quando se perde o sentido da vida. E então é necessário que a pessoa se dê conta de que o mais importante na vida é fazer da vida uma caminhada de realização, iluminação e libertação, segundo o que recebeu para ser. Afinal, viver é procurar realizar aquilo que nos foi destinado e só cada um pode realizar como constante procura. Mas, em meio às lutas diárias, isso pode se tornar o mais difícil e, assim, se cai, muitas vezes, na melancolia.
Os especialistas consideram que a melancolia, à semelhança da tristeza e de outras emoções, passa a ser patológica a partir do momento em que altera o pensamento normal do indivíduo e dificulta o seu desempenho social. Por exemplo: é considerado normal uma pessoa sentir-se melancólica uma tarde qualquer e, assim, ficar em casa sem fazer nada. Em contrapartida, se esse comportamento se repetir durante vários dias e o sujeito abandonar a sua vida social ou as suas obrigações, a melancolia passa a ser um tipo de depressão que requer tratamento.


- Manuel Antônio de Castro
Referência: https://pt.wikipedia.org/wiki/Melancolia

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"O ânimo, muot que corresponde e responde à dor é a melancolia. A melancolia pode abater e desanimar o ânimo. Mas pode também perder o peso e deixar que o alento secreto se insinue na alma, conferindo-lhe o adorno que a reveste na preciosa relação com a palavra e assim a protege" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. "A palavra". In: A caminho da linguagem. Petrópolis: Vozes, 2003, p. 187.
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