Vivente

De Dicionário de Poética e Pensamento

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: Estamos na [[vida]] e só por estarmos [[vivendo]] é que [[viver]] implica um [[estado]] [[transitório]], uma [[caminhada]], uma [[travessia]].  [[Estar]] ainda não quer dizer [[ser]] a [[vida]].  Nem o [[vivente]] é a [[vida]]. Esta é a [[medida]] do [[vivente]], de quem constitui seu [[destino]]. Há a [[vida]] que cada [[vivente]] vive, mas nenhum [[vivente]] vive a [[vida]] [[toda]], assim como nenhuma [[obra de arte]] esgota a [[arte]] nem nenhuma [[fala]] ou [[língua]] esgota a [[linguagem]].  
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O próprio como possibilidades". In: -----. '''Arte: o humano e o destino'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 129.
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:  (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "A gota d’água e o mar". In: ---. '''Arte: o humano e o destino'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 245.
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: "A [[vida]] é [[questão]] e não simples [[conceito]] porque a [[vida]] nos precede. É na ordem da [[vida]] que surgem os [[viventes]] e dela dependem inexoravelmente. Só no [[vigorar]] da [[vida]] é que há e pode haver [[viventes]], qualquer [[vivente]]. A [[vida]] se faz [[presente]] em cada [[vivente]]. Para ele é uma dádiva gratuita da [[vida]] e sempre depende dela" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Midas da morte ou do ser feliz". In: -------. '''Arte: o humano e o destino'''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 204.

Edição atual tal como 19h21min de 7 de Abril de 2024

Tabela de conteúdo

1

Estamos na vida e só por estarmos vivendo é que viver implica um estado transitório, uma caminhada, uma travessia. Estar ainda não quer dizer ser a vida. Nem o vivente é a vida. Esta é a medida do vivente, de quem constitui seu destino. Há a vida que cada vivente vive, mas nenhum vivente vive a vida toda, assim como nenhuma obra de arte esgota a arte nem nenhuma fala ou língua esgota a linguagem.


- Manuel Antônio de Castro

2

"Por que se parte do on? Este é ambíguo, porque tudo para nós é ambíguo, uma vez que somos finitos, pois não há finito sem o não-finito. Se o finito nasce, cresce e morre, ele vigora no não-finito, o que permanece no fluxo das mudanças. O vivente é o finito e mutável. A vida é o não-finito e não mutável" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O próprio como possibilidades". In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 129.

3

"Temos nossa origem na Vida, vivemos a vida de viventes e voltamos para a Vida" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "A gota d’água e o mar". In: -----. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 241.

4

"A vida é o elemento de todos os viventes. É nesse elemento que nos tornamos um pequeno e frágil navio que só pode continuar navio vivo e em atividade caso se mova naquilo que lhe permite se mover: a água, o mar, a Vida" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "A gota d’água e o mar". In: ---. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 245.

5

"A vida é questão e não simples conceito porque a vida nos precede. É na ordem da vida que surgem os viventes e dela dependem inexoravelmente. Só no vigorar da vida é que há e pode haver viventes, qualquer vivente. A vida se faz presente em cada vivente. Para ele é uma dádiva gratuita da vida e sempre depende dela" (1).


Referência bibliográfica:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O mito de Midas da morte ou do ser feliz". In: -------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 204.
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