Saber

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:(1) JARDIM, Antonio. ''Música: vigência do pensar poético''. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005 p. 201.
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:O pré-saber é o [[sentido]] do [[Ser]], em que já nos movemos simplesmente. Para o [[ser humano]] trata-se sempre do saber, isto é, do sentido do Ser. Este é tão imediato, tão presente, tão sem questionamento que aquilo que se torna [[questão]] para o ser humano é o sentido do ser, isto é, o saber do Ser. Toda a nossa questão é o saber. É no e do saber do Ser que surgem as questões: [[linguagem]], [[sentido]], [[mundo]], [[verdade]]. Porém, o [[pré-saber]] vigora no [[não-saber]] e saber, portanto, há também a [[não-linguagem]], o [[não-sentido]], o [[não-mundo]], a [[não-verdade]]. É o que tentamos denominar, e sempre falhamos,como [[silêncio]] e [[vazio]] e [[nada]]. Do silêncio, do vazio, do nada, nada podemos dizer, somente experienciá-los. É a condição de nossa [[finitude]], a nossa condição humana.
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: - [[Manuel Antônio de Castro]]

Edição de 21h38min de 21 de Abril de 2012

1

O que é saber? Cláudio Hummes trata bem disso em Metafísica. Trata-se da relação ser/ saber/ consciência. Diz ele: "[...] o homem é capaz de retornar ao ser, ou seja, de referir-se a si mesmo e o perguntado ao ser ilimitado, e na medida em que assim atinge o ser ilimitado, o homem se identifica neste exercício com o ser. Ora, uma tal identidade de exercício com o ser como tal é o saber" (1). Depois, trata da consciência.


- Manuel Antônio de Castro


Referência:
(1) HUMMES, Cláudio. Metafísica, p. 125. Acessível em: Travessia poética


2

"– Estive lendo um dia um filósofo, sabe. Uma vez segui um conselho dele e deu certo. Era mais ou menos isto: é só quando esquecemos todos os nossos conhecimentos é que começamos a saber" (1).


Referência:
(1) LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. 4ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 53.

3

"Na Cultura Ocidental temos mensurabilidade, identidade e representação como critérios privilegiados e determinantes para o saber. O saber está, nesse contexto, amplamente determinado pela medida analógica, pela identidade analítica e pela representação ideal, a ponto de se pensar que só é cognoscível o que pode responder, no mínimo, a um desses três princípios" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005 p. 87.


Ver Também:


4

"O saber, portanto, antes de ser a expressão da medida analógica, da identidade analítica e da representação ideal, foi o dimensionamento da unidade a partir da necessidade de sua presença enquanto diferença. Isto é, saber originariamente foi o ser em sua dinâmica de apresentação, e o pensar poético foi a abertura para o ser em seus modos de apresentação" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005 p. 201.


5

O pré-saber é o sentido do Ser, em que já nos movemos simplesmente. Para o ser humano trata-se sempre do saber, isto é, do sentido do Ser. Este é tão imediato, tão presente, tão sem questionamento que aquilo que se torna questão para o ser humano é o sentido do ser, isto é, o saber do Ser. Toda a nossa questão é o saber. É no e do saber do Ser que surgem as questões: linguagem, sentido, mundo, verdade. Porém, o pré-saber vigora no não-saber e saber, portanto, há também a não-linguagem, o não-sentido, o não-mundo, a não-verdade. É o que tentamos denominar, e sempre falhamos,como silêncio e vazio e nada. Do silêncio, do vazio, do nada, nada podemos dizer, somente experienciá-los. É a condição de nossa finitude, a nossa condição humana.


- Manuel Antônio de Castro