Saber

De Dicionrio de Potica e Pensamento

(Diferença entre revisões)
(3)
(5)
Linha 42: Linha 42:
: (1) SILESIUS, Angelus. ''Angelus Silesius - a meditação do nada''. Seleção e organização de Hubert Lepargneur e Dora Ferreira da Silva. São Paulo: T.A. Queiroz, Editor, 1986, p. 68.
: (1) SILESIUS, Angelus. ''Angelus Silesius - a meditação do nada''. Seleção e organização de Hubert Lepargneur e Dora Ferreira da Silva. São Paulo: T.A. Queiroz, Editor, 1986, p. 68.
 +
 +
== 5 ==
== 5 ==
Linha 48: Linha 50:
: - [[Manuel Antônio de Castro]]
: - [[Manuel Antônio de Castro]]
-
 
-
 
== 6 ==
== 6 ==

Edição de 11h54min de 13 de janeiro de 2013

1

O que é saber? Cláudio Hummes trata bem disso em Metafísica. Trata-se da relação ser/ saber/ consciência. Diz ele: "[...] o homem é capaz de retornar ao ser, ou seja, de referir-se a si mesmo e o perguntado ao ser ilimitado, e na medida em que assim atinge o ser ilimitado, o homem se identifica neste exercício com o ser. Ora, uma tal identidade de exercício com o ser como tal é o saber" (1). Depois, trata da consciência.


- Manuel Antônio de Castro


Referência:
(1) HUMMES, Cláudio. Metafísica, p. 125. Acessível em: Travessia poética


2

"– Estive lendo um dia um filósofo, sabe. Uma vez segui um conselho dele e deu certo. Era mais ou menos isto: é só quando esquecemos todos os nossos conhecimentos é que começamos a saber" (1).


Referência:
(1) LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. 4ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 53.

3

"Na Cultura Ocidental temos mensurabilidade, identidade e representação como critérios privilegiados e determinantes para o saber. O saber está, nesse contexto, amplamente determinado pela medida analógica, pela identidade analítica e pela representação ideal, a ponto de se pensar que só é cognoscível o que pode responder, no mínimo, a um desses três princípios" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005 p. 87.


Ver Também:


4

"Eu não sei o que sou, eu não sou o que sei: / Uma coisa e não-coisa, um ponto e um círculo" (1).


Referência:
(1) SILESIUS, Angelus. Angelus Silesius - a meditação do nada. Seleção e organização de Hubert Lepargneur e Dora Ferreira da Silva. São Paulo: T.A. Queiroz, Editor, 1986, p. 68.


5

O pré-saber é o sentido do Ser, em que já nos movemos simplesmente. Para o ser humano trata-se sempre do saber, isto é, do sentido do Ser. Este é tão imediato, tão presente, tão sem questionamento que aquilo que se torna questão para o ser humano é o sentido do ser, isto é, o saber do Ser. Toda a nossa questão é o saber. É no e do saber do Ser que surgem as questões: linguagem, sentido, mundo, verdade. Porém, o pré-saber vigora no não-saber e saber, portanto, há também a não-linguagem, o não-sentido, o não-mundo, a não-verdade. É o que tentamos denominar, e sempre falhamos,como silêncio e vazio e nada. Do silêncio, do vazio, do nada, nada podemos dizer, somente experienciá-los. É a condição de nossa finitude, a nossa condição humana.


- Manuel Antônio de Castro

6

"O saber, portanto, antes de ser a expressão da medida analógica, da identidade analítica e da representação ideal, foi o dimensionamento da unidade a partir da necessidade de sua presença enquanto diferença. Isto é, saber originariamente foi o ser em sua dinâmica de apresentação, e o pensar poético foi a abertura para o ser em seus modos de apresentação" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005 p. 201.