Poética

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 05h10min de 3 de Abril de 2009 por Bianka (Discussão | contribs)

1

"Pensar a Poética é pensar a essência do destino do homem, da verdade e do real, enquanto conhecer e não-conhecer, ser e não-ser" (1).


Referência
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. Permanência e atualidade da Poética. In: Revista Tempo Brasileiro, 171, out.-dez., 2007, p. 11.


2

"Poética: real, homem, verdade, destino, eis o âmbito de sua configuração, permanente e sempre atual. Diante da questão, se o que se faz é uma pergunta e se dá uma resposta originária, estas trazem para a experimentação e experienciação concreta a essência originária da questão da Poética" (1).


Referência
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. Permanência e atualidade da Poética. In: Revista Tempo Brasileiro, 171, out.-dez., 2007, p. 9.


3

"A Poética, enquanto o poético de toda obra poética, isto é, em sua essência originária, já é sempre permanente e atual" (1).
Referência
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. Permanência e atualidade da Poética. In: Revista Tempo Brasileiro, 171, out.-dez., 2007, p. 9.


4

"A Poética é um universal concreto que diz respeito a todas as culturas, porque diz, essencialmente, respeito ao humano do homem. E sem o humano como pensar o sentido e verdade das culturas?" (1).
Referência
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. Permanência e atualidade da Poética. In: Revista Tempo Brasileiro, 171, out.-dez., 2007, p. 12.


5

"A poética é todo e qualquer fazer que produza o encanto de transformar algo que não é no que este algo virá a ser. Ela não ouve, ela não vê, ela não sente, ela dá-se. Dá-se como tempo e espaço em que estes são suspensos respectivamente, como cronologia e extensão, e afirmados como tempo e espaço vividos. Ela se dá como medida concreta. Como medida concreta de tempo e espaço, isto é, ser. Quando ela se dá instaura simultaneamente tempo e espaço e, ao mesmo tempo requisita um fazer para tudo que ela não é. Ela instaura os corpos como fazeres. Cada parte do corpo é. Essa é a magia" (1).


Referência
(1) JARDIM, Antônio. Apenas um convite. In: Revista Tempo Brasileiro, 171, out.-dez., 2007, p. 5.


6

"A poética não é um fazer que traga consigo a precipitação e a estupidez imperantes a partir de simulacros que não são mais que uma meras desculpas para a idiotice dominante e fácil. Mera desculpa para uma conivência com as percepções preguiçosas e adormecidas. Não é esse o encontro que a poética pretende produzir. O que seria esse encontro então?

-Um fazer! Apenas um fazer em que o ser se faz simplesmente ser..." (1).


Referência
(1) JARDIM, Antônio. Apenas um convite. In: Revista Tempo Brasileiro, 171, out.-dez., 2007, p. 6.


7

"Pensar então a arte enquanto Poética é pensar o "entre". Isto muda radicalmente o modo como se conceitua tradicionalmente a arte, dentro das mais diferentes teorias e correntes críticas. Deixar a arte ser arte é deixar o "entre" vigorar. Por isso as artes, todas as artes, são radicalmente interdisciplinares, mas onde as disciplinas são pensadas no horizonte do "entre" " (1).

Referência

(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Interdisciplinaridade poética: o "entre" ". In: Revista Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, 164: 7/36, jan.-mar., 2006, p. 10.


8

"A poética é o fazer que per-forma e con-solida a unidade. A poética é a dimensão, isto é, a medida pelo desconhecido, que abre sulcos, e cria a possibilidade da harmonização entre concretos. A poética torna possível a vigência do simples e do complexo. Do sim-ples, isto é, do operar sem a dobra, sem a flexão. E do com-plexo, isto é, com a dobra, ou um dobrar com outro ou outros. A harmonia se encontra sempre fazendo a passagem desse sim- a esse com-, e desse com- a esse sim-. E a poética se situa nesse plex, nessa flexão, nessa dobra. O poético é o fazer e desfazer dessa dobra, sem que este desfazer signifique a possibilidade de restituição a uma unidade primordial. A tarefa poética: tornar o complexo simples e o simples complexo. Flexionar ambos é poética, é fazer, é produzir esse flexionamento. O fundamento desse flexionamento é memória. Na memória, vemos presente a unidade" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 82.
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