Não-ser
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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+ | : (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eduardo Portella, o professor". In: ''Quatro vezes vinte - Eduardo Portella - Depoimentos''. Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Letras, 2012, p. 42. |
Edição de 14h53min de 1 de Setembro de 2017
1
- Só porque estamos vivendo e sendo (presentificação) é que parece que a morte é a sua negação. Na verdade, a vida é uma doação, um presente amoroso da possibilidade da morte que se retrai e se ausenta para deixar a vida ir sendo vida. Todo sendo e todo vivendo se dimensionam num entre misterioso de poder ser e de não poder não-ser, de poder viver e poder morrer. Todo sendo chega a ser o que já é porque pode chegar a ser o não-ser que possibilita e doa o sendo do ser. O não-ser de todo sendo é o Nada.
2
- "Que o que gasta, vai gastando o diabo de dentro da gente, aos pouquinhos, é o razoável sofrer. E a alegria de amor - compadre meu Quelemém diz. Família. Deveras? É, e não é. O senhor ache e não ache. Tudo é e não é..." (1).
- Referência:
- (1) ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1968, p. 12.
3
- "O não-ser, que cada um é, são as possibilidades que todos nós já recebemos, na medida em que somos uma doação do ser, isto é, uma Moira, um destino" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Eduardo Portella, o professor". In: Quatro vezes vinte - Eduardo Portella - Depoimentos. Rio de Janeiro, Academia Brasileira de Letras, 2012, p. 42.