Limite

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 23h33min de 24 de janeiro de 2009 por Andre (Discussão | contribs)

1

"Para o que estava ela se poupando? Era um certo medo da própria capacidade, pequena ou grande, talvez por não conhecer os próprios limites. Os limites de um humano eram divinos? Eram" (1).


Referências:
(1) LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 40.

2

"Lembrou-se de como era antes destes momentos de agora. Ela era antes uma mulher que procurava um modo, uma forma. E agora tinha o que na verdade era tão mais perfeito: era a grande liberdade de não ter modos nem formas" (1).


Referências:
(1) LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974, p. 168.

3

A questão do limite apresenta diversas dimensões: 1ª o limite externo; 2ª o limite interno; 3ª limite no horizonte do não-limite; 4ª o limite da liminaridade, ou seja, do entre; 5ª o limite do "como"; 6ª o limite de "o que é"; 7ª o limite da "compreensão"; 7ª o limite do diá-logo; 8ª o limite como disputa ("polemós" do grego, "Streit" de Heidegger). Todas essas dimensões brotam no interior do Entre-ser e fazem aflorar as nossas limitações. A limitação faz eclodir a tentão "entre" questão e conceito, assim como se faz presente no horizonte da nossa compreensão. Mas mais profundamente acontece no entre ser E não-ser. É dentro desta dinâmica que precisa ser encarada a obra de arte.
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