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De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "...um comentador genuíno nunca compreende o [[texto]] melhor do que o seu [[autor]] o compreendeu, mas sim de outro modo. Só que esse outro modo tem de ser de tal maneira que encontre o [[mesmo]] que o [[texto]] comentado reflete" (1).
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: "...um comentador genuíno nunca compreende o [[texto]] melhor do que o seu [[autor]] o compreendeu, mas, sim, de outro modo. Só que esse outro modo tem de ser de tal maneira que encontre o [[mesmo]] que o [[texto]] comentado reflete" (1).

Edição de 15h39min de 16 de março de 2019

Tabela de conteúdo

1

"Ao ser-criado da obra pertencem, essencialmente do mesmo modo, tanto os que criam como os que desvelam. Porém, é a obra que faz possível, em sua essência, os que criam e necessita, a partir da sua essência, dos que desvelam" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. A origem da obra de arte. Trad. Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antônio de Castro. São Paulo: Edições 70, 2010, p. 181.


2

"O vigor permanente da obra (verdade) como figura (a disputa de delimitação e vazio/nada) está aí para ser manifestado, operado. Mas tem que ser uma operação que deixe a obra ser obra. A esta operação que não impõe uma perspectiva nem uma vontade subjetiva nem objetiva, é que Heidegger denomina Bewahrung. Nós escolhemos uma palavra portuguesa aproximada, pois toda tradução é sempre um aproximar: desvelo. Desvelo: grande cuidado, carinho, vigilância, dedicação sem impor, deixando ser, aguardar o que é próprio e persiste, resguardar o deixar acontecer. Nela ressoa o cuidado e doação amorosa como ocorre, por exemplo, no desvelo da mãe para com o filho, o que pressupõe também no leitor o desvelo para com o que na obra Se dá, presenteia" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Notas". In: HEIDEGGER, Martin. A origem da obra de arte. Trad. Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antônio de Castro. São Paulo: Edições 70, 2010, p. 236.

3

"Desvelamento é a realidade se dando como verdade no ser-humano, pelo qual ele respondendo e correspondendo a esse apelo de poiesis/linguagem/logos chega a ser o que é historicamente, isto é, no acontecer poético-apropriante (Ereignis). O que exercita o desvelo traduzimos por o desvelante. O leitor é o desvelante" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Notas". In: HEIDEGGER, Martin. A origem da obra de arte. Trad. Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antônio de Castro. São Paulo: Edições 70, 2010, p. 237.


4

"...um comentador genuíno nunca compreende o texto melhor do que o seu autor o compreendeu, mas, sim, de outro modo. Só que esse outro modo tem de ser de tal maneira que encontre o mesmo que o texto comentado reflete" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. "A palavra de Nietzsche 'Deus morreu' ". In: ----. Caminhos da floresta. Lisboa: Fundação Calouste Goulbenkian, s./d., p. 248.
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