Interesse

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:"O homem e só o [[homem]] é o ''ente'', isto é, o modo de [[ser]], interessado, ou seja, que é, vê-se, ''sente-se'' ou dá-se conta desde dentro ([["inter"]]) de seu próprio modo de ser ("esse"). Ele é um ''entre-ser'', ou seja, permeado, entre-meado de ser. E isso é o seu [[viver]], o seu [[existir]] - o seu '''é'''. Esta é, pois, sua força, seu valor - sua [[essência]]. Ver (ou ouvir), portanto, não fala direta ou imediatamente do sentido da [[visão]] (ou da [[audição]]), mas evoca o modo de ser que é ser no sentido (na determinação, na "Bestimmung", no ''tom'' ou na ''entonação'') do aparecer ou do fazer-se visível - quer dizer: ser na [[verdade]] ou na [[história]] (do ser)" (1).
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: "O homem e só o [[homem]] é o ''ente'', isto é, o modo de [[ser]], interessado, ou seja, que é, vê-se, ''sente-se'' ou dá-se conta desde dentro ([["inter"]]) de seu próprio modo de ser ("esse"). Ele é um ''entre-ser'', ou seja, permeado, entre-meado de ser. E isso é o seu [[viver]], o seu [[existir]] - o seu '''é'''. Esta é, pois, sua força, seu valor - sua [[essência]]. Ver (ou ouvir), portanto, não fala direta ou imediatamente do sentido da [[visão]] (ou da [[audição]]), mas evoca o modo de ser que é ser no sentido (na determinação, na "Bestimmung", no ''tom'' ou na ''entonação'') do aparecer ou do fazer-se visível - quer dizer: ser na [[verdade]] ou na [[história]] (do ser)" (1).
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:(1) FOGEL, Gilvan. "A respeito de homem, de vida e de corpo" (mímeo/2009).
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: (1) FOGEL, Gilvan. "A respeito de homem, de vida e de corpo" (mímeo/2009).
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: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. ''Filosofia grega - uma introdução''. Teresópolis: Daimon editora, 2010, p. 45.
: (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. ''Filosofia grega - uma introdução''. Teresópolis: Daimon editora, 2010, p. 45.
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: "A mais premente [[necessidade]] de um [[ser humano]] era [[tornar-se]] [[ser humano]]" (1).
 
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: (1) LISPECTOR, Clarice. ''Uma aprendizagem ou o Livro dos prazeres''. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio, 4.e., 1974, p. 29.
 

Edição atual tal como 01h52min de 16 de março de 2020

1

"O homem e só o homem é o ente, isto é, o modo de ser, interessado, ou seja, que é, vê-se, sente-se ou dá-se conta desde dentro ("inter") de seu próprio modo de ser ("esse"). Ele é um entre-ser, ou seja, permeado, entre-meado de ser. E isso é o seu viver, o seu existir - o seu é. Esta é, pois, sua força, seu valor - sua essência. Ver (ou ouvir), portanto, não fala direta ou imediatamente do sentido da visão (ou da audição), mas evoca o modo de ser que é ser no sentido (na determinação, na "Bestimmung", no tom ou na entonação) do aparecer ou do fazer-se visível - quer dizer: ser na verdade ou na história (do ser)" (1).


Referência:
(1) FOGEL, Gilvan. "A respeito de homem, de vida e de corpo" (mímeo/2009).

2

" Inter-esse quer dizer: ser sob, entre, no meio das coisas; estar numa coisa de permeio e junto dela assim persistir. Para o interesse atual, porém, vale só o interessante. O interessante faz com que no instante seguinte, já estejamos indiferentes e mesmo dispersos em alguma outra coisa que, por sua vez, tão pouco nos diz respeito quanto a anterior. Hoje acredita-se frequentemente dignificar algo achando-o interessante. Na verdade, com um tal juízo, subestimamos o interessante levando-o para o domínio do indiferente e assim o empurramos para o âmbito daquilo que logo se tornará tedioso" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. O que quer dizer pensar? In: ---------. Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes, 2002, 113.

3

"...interesse significa: estar no meio e entre as realizações, morar e permanecer no interior do advento da realidade. Mas para o interesse de hoje vale apenas o interessante. Interessante é o que permite ficar indiferente já no momento seguinte ao encontro e substituí-lo por outra coisa que tanto quanto a primeira não transforma o relacionamento. Hoje em dia se pretende muitas vezes valorizar especialmente uma coisa por achá-la interessante. Na verdade, porém, já se empurrou seu encontro para a indiferença, a monotonia e a repetição" (1).


Referência
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. Filosofia grega - uma introdução. Teresópolis: Daimon editora, 2010, p. 45.