Horizonte

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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:(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. ''Aprendendo a pensar''. Petrópolis: Vozes, 1977, pp. 184-185.
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:(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. ''Aprendendo a pensar''. Petrópolis: Vozes, 1977, pp. 184-5.

Edição de 22h34min de 22 de Outubro de 2009

1

Todo enigma e imprecisão do limite se expressa bem no termo horizonte, do grego horidzo, que significa limitar. E esse enigma vê-se bem numa pergunta: Como caminhar até a linha do horizonte? Pois quanto mais nele caminhamos e o pro-curamos mais o horizonte se abre em novas possibilidades. Essa é a utopia cotidiana do viver o que podemos ser, o que nos é próprio. A esta abertura de possibilidades para o realizar-se do ser humano cotidiano e utópico é o que se chama transcendência, abertura de mundo, lógos.


- Manuel Antônio de Castro

2

Pelo horizonte tem-se "a elaboração de uma estrutura e a abertura de uma coalescência de inesgotável indeterminação" (1).


- Manuel Antônio de Castro


Referência:
(1) SOUZA, Ronaldes de Melo e. "Introdução à poética da ironia". In: Linha de pesquisa - Revista de Letras da UVA, Ano I, No. 1, out. de 2000, pp. 33-34.

3

Horizonte foi um termo lançado por Husserl, mas que ainda é, em sua obra, um conceito empírico fenomenológico. Heidegger o re-elaborou dando-lhe uma dimensão transcendental a priori. Está relacionado à pergunta e ao saber e ao não-saber-ciente.


- Manuel Antônio de Castro


Referência:
HUMMES, Cláudio. Metafísica. Mimeo, 1963, p. 46. Acessível em: Travessia Poética.


4

Quando se considera a questão do horizonte em toda a sua amplitude aparece uma das características de Hermes, o deus das encruzilhadas. Ora, essas encruzilhadas são tanto as do horizonte (vertical e horizontal) como as de limite e não-limite, verdade e não-verdade, ser e não-ser. Por isso, o ser humano é ser-entre (Dasein) e seu percurso se dá no discurso da tra-vessia. Ele é um ser-em-travessia como entre-ser, na liminaridade do horizonte.


- Manuel Antônio de Castro


5

"Em tudo, que aí vemos, nós nos percebemos numa dada posição. É que horizonte, panorama e perspectiva se coordenam e referem à posição que ocupamos [...]. A solidez e estabilidade de uma posição não dependem nem da perspectiva nem do horizonte nem do panorama. Dependem da abertura que, possibilitando perspectivas, dá acesso à visibilidade de horizonte e panorama. Por isso só nos é acessível o que se nos pro-sta aberto pela abertura. Só temos acesso àquilo para o que estamos abertos [...]. A abertura não nos abre apenas o acessível. Também o acesso ao inacessível, como tal, nos é facultado pela abertura que se exerce na própria diferenciação de aberto e fechado, acessível e inacessível" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. Aprendendo a pensar. Petrópolis: Vozes, 1977, pp. 184-5.