Fundar

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: "A [[essência]] da [[arte]] é a ''[[poiesis]]''. Porém, a [[essência]] da ''[[poiesis]]'' é a [[fundação]] da [[verdade]]. O [[fundar]] compreendemo-lo aqui em um triplo [[sentido]]: [[fundar]] [Stiften] como doar [Schenken], [[fundar]] [Stiften] como [[fundamentar]], [[fundar]] [Stiften] como [[principiar]]. Contudo, a [[fundação]] [Stiftung] é realmente vigente apenas no [[desvelo]]. Assim, a cada modo do [[fundar]], corresponde um do [[desvelar]]" (1).
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: (1) HEIDEGGER, Martin. ''A origem da obra de arte'', trad. Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antônio de Castro. São Paulo: Edições 70, 2010, p. 191.
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:Fundar é trazer para a [[obra de arte]] a [[disputa]] de [[Mundo]] e [[Terra]]. Eis a [[verdade]] manifestativa da [[arte]] e do [[pensamento]] acontecendo.  
:Fundar é trazer para a [[obra de arte]] a [[disputa]] de [[Mundo]] e [[Terra]]. Eis a [[verdade]] manifestativa da [[arte]] e do [[pensamento]] acontecendo.  

Edição de 23h03min de 20 de Julho de 2017

Tabela de conteúdo

1

"A essência da arte é a poiesis. Porém, a essência da poiesis é a fundação da verdade. O fundar compreendemo-lo aqui em um triplo sentido: fundar [Stiften] como doar [Schenken], fundar [Stiften] como fundamentar, fundar [Stiften] como principiar. Contudo, a fundação [Stiftung] é realmente vigente apenas no desvelo. Assim, a cada modo do fundar, corresponde um do desvelar" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. A origem da obra de arte, trad. Idalina Azevedo da Silva e Manuel Antônio de Castro. São Paulo: Edições 70, 2010, p. 191.


1

Fundar é trazer para a obra de arte a disputa de Mundo e Terra. Eis a verdade manifestativa da arte e do pensamento acontecendo.


- Manuel Antônio de Castro

2

"O fundar é o vigorar da memória como fundamentar de toda experiência temporal enquanto passado, presente e futuro" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Fundar e fundamentar". In: Pensamento no Brasil, v.I - Emmanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Hexis, 2010, p. 217.


3

"... neste nosso mundo de hoje, onde tudo é dominado pela sofística causal e finalista. Tudo tem que servir para algo, tudo é causa de alguma coisa, isto é, tem que ter alguma função. E surge o paradoxo: Nada é sem função (fundamentar). Nada é sem função (fundar)" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "Fundar e fundamentar". In: Pensamento no Brasil, v.I - Emmanuel Carneiro Leão. SANTORO, Fernando e Outros, Org. Rio de Janeiro: Hexis, 2010, p. 213.