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De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 21h03min de 24 de Julho de 2011 por Profmanuel (Discussão | contribs)

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"Este ano celebra o segundo centenário do nascimento de Hegel. Há mais de cento e cinquenta anos que age o pensamento de Hegel. Na ação o pensador guarda a sua presença. Encolhe-se a distância cronológica que nos separa da obra de seu pensamento. Celebrar Hegel será apresentar-lhe a presença na operação histórica do seu pensamento" (1). Aqui se destaca o autor enquanto obra de pensamento. Isso se pode dizer também do poeta enquanto obra da poíesis. "Celebrar Hegel já não será apenas rememorar um filósofo que nasceu há duzentos anos. Será tomar consciência do que hoje somos e não somos" (2), pois "uma celebração que não pretender negar-se como celebração de um pensador, incluirá necessariamente um diálogo de pensamento" (3).


- Manuel Antônio de Castro


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Hegel, Heideger e o absoluto". In: Aprendendo a pensar. Petrópolis: Vozes, 1977, p. 251.
(2) Idem.
(3) idem.


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As possibilidades poéticas das obras não são diferentes daquelas que vigoraram nos autores e se fazem presentes nas obras, porque, em verdade, os autores não são os autores das obras. As obras é que são as autoras dos autores e dos leitores. E o podem ser porque tanto autores como leitores vigoram e podem acontecer na mesma mediação: a poiesis, que se torna e desde sempre é a medida do humano.
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