Alegria

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. ''Travessia Poética''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1977, p. 49.
: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. ''Travessia Poética''. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1977, p. 49.
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: “A [[não-ação]] do [[sábio]] não é a [[inação]].
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: Não é estudada. Coisa alguma a abala.
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: O [[sábio]] é [[quieto]] porque não se altera
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: Não porque ele queira [[ser]] [[quieto]]”.
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: “O [[coração]] do [[sábio]] está tranquilo.
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: É o [[espelho]] do [[céu]] e da [[terra]].
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: O [[espelho]] de tudo.
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: É [[vazio]], é [[quieto]], é tranquilo, é sem-sabor
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: O [[silêncio]], a [[não-ação]]: esta é a [[medida]] do [[céu]] e da [[terra]]”.
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: “Assim, do [[vazio]] do [[sábio]] surge a [[quietude]]:
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: Da [[quietude]], a [[ação]]. Da [[ação]], a [[realização]].
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: Da sua [[quietude]] vem sua [[não-ação]], que é também [[ação]]
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: E é, portanto, sua [[realização]].
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: Pois a [[quietude]] é [[alegria]]. A [[alegria]] é isenta de preocupações,
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: Fértil por muitos anos.
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: A [[alegria]] faz tudo despreocupadamente:
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: O [[silêncio]] e a [[não-ação]]
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: Eis a raiz de todas as [[coisas]]” (1).
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TZU, Chuang. “Ação e não-ação”. In: MERTON, Thomas. ‘‘A via de Chuang Tzu’’. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 106.

Edição de 20h16min de 6 de Agosto de 2018

1

"Ele [Baudelaire] distingue a alegria do cômico. A alegria existe por ela mesma e tem manifestações diversas. A alegria é una. Já o riso é a expressão de um sentimento duplo ou contraditório" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. Travessia Poética. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1977, p. 49.


2

“A não-ação do sábio não é a inação.
Não é estudada. Coisa alguma a abala.
O sábio é quieto porque não se altera
Não porque ele queira ser quieto”.

....................................................

“O coração do sábio está tranquilo.
É o espelho do céu e da terra.
O espelho de tudo.
É vazio, é quieto, é tranquilo, é sem-sabor
O silêncio, a não-ação: esta é a medida do céu e da terra”.

.........................................................

“Assim, do vazio do sábio surge a quietude:
Da quietude, a ação. Da ação, a realização.
Da sua quietude vem sua não-ação, que é também ação
E é, portanto, sua realização.
Pois a quietude é alegria. A alegria é isenta de preocupações,
Fértil por muitos anos.
A alegria faz tudo despreocupadamente:
O silêncio e a não-ação
Eis a raiz de todas as coisas” (1).

TZU, Chuang. “Ação e não-ação”. In: MERTON, Thomas. ‘‘A via de Chuang Tzu’’. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 106.