Admiração

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: O [[questionar]] advém da ''[[physis]]'' enquanto [[verbo]] da [[linguagem]] no [[vigor]] do [[sagrado]] que se doa e manifesta no [[ser humano]] enquanto ''[[poiesis]]'', de tal maneira que o [[ser humano]] só é o que é na medida da ''[[poiesis]]''. Esta se diz e se manifesta de muitas maneiras. Uma delas é o [[pensamento]] que nos advém como [[pensamento]] na ''[[poiesis]]'' da [[admiração]] e do [[espanto]]. O [[admirar]] admira-se da [[riqueza]] excessiva da ''[[physis]]'' ou [[realidade]] em suas [[realizações]]. Ele se doa e [[destina]] no [[ser humano]] na medida em que a [[admiração]] se [[concretiza]] nas [[perguntas]] como [[questões]]. O que é “isto” que não cessa de [[crescer]] e [[permanece]] no [[concrescer]] de todo [[crescimento]]? O que é [[tudo]] isto presente que ama [[velar-se]]?.
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: "Todos sabem que as formulações filosóficas ocidentais partiram de uma [[posição]] e [[pergunta]]: Em meio ao [[acontecer]] incessante da [[realidade]] em seu esplendor admirável de riqueza e [[diversidade]], foi natural que em certos [[seres humanos]] isso gerasse uma [[admiração]], em grego o ''taumadzein'': o [[admirar-se]]. Muitas são as [[situações]] em nossa [[vida]] que nos levam à [[admiração]] e a nos [[perguntarmos]] por [[tudo]] isso, isso de que também fazemos parte. Daí surgiu uma [[pergunta]] básica, [[entre]] os [[gregos]]. ''Tì tò ón''? Por ''on'', o [[grego]] [[tudo]] que está aí e [[é]], inclusive [[todo]] [[ser humano]]" (1).
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: (1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O próprio como possibilidades". In: --------. '''Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011''', p. 122.
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: "[[Admiração]] é outra [[coisa]], desperta respeito, é [[ótimo]] gerar [[admiração]] não só por [[poder]] e [[dinheiro]], mas pelo [[caráter]], e o [[talento]], a [[generosidade]], a [[beleza]], o [[humor]], a [[coragem]], tantas qualidades e conquistas que se tornam [[inspiração]] para cada um [[construir]] sua [[própria]] [[história]]" (1).
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: (1) MOTTA, Nelson. Crônica: "A ERA DA INVEJA". In: '''O Globo''', Segundo Caderno, Sexta-feira, 19-4-2024, p. 2

Edição atual tal como 22h25min de 19 de Abril de 2024

1

O questionar advém da physis enquanto verbo da linguagem no vigor do sagrado que se doa e manifesta no ser humano enquanto poiesis, de tal maneira que o ser humano só é o que é na medida da poiesis. Esta se diz e se manifesta de muitas maneiras. Uma delas é o pensamento que nos advém como pensamento na poiesis da admiração e do espanto. O admirar admira-se da riqueza excessiva da physis ou realidade em suas realizações. Ele se doa e destina no ser humano na medida em que a admiração se concretiza nas perguntas como questões. O que é “isto” que não cessa de crescer e permanece no concrescer de todo crescimento? O que é tudo isto presente que ama velar-se?.


- Manuel Antônio de Castro

2

"Todos sabem que as formulações filosóficas ocidentais partiram de uma posição e pergunta: Em meio ao acontecer incessante da realidade em seu esplendor admirável de riqueza e diversidade, foi natural que em certos seres humanos isso gerasse uma admiração, em grego o taumadzein: o admirar-se. Muitas são as situações em nossa vida que nos levam à admiração e a nos perguntarmos por tudo isso, isso de que também fazemos parte. Daí surgiu uma pergunta básica, entre os gregos. Tì tò ón? Por on, o grego tudo que está aí e é, inclusive todo ser humano" (1).


Referência:
(1) CASTRO, Manuel Antônio de. "O próprio como possibilidades". In: --------. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 122.


3

"Admiração é outra coisa, desperta respeito, é ótimo gerar admiração não só por poder e dinheiro, mas pelo caráter, e o talento, a generosidade, a beleza, o humor, a coragem, tantas qualidades e conquistas que se tornam inspiração para cada um construir sua própria história" (1).
(1) MOTTA, Nelson. Crônica: "A ERA DA INVEJA". In: O Globo, Segundo Caderno, Sexta-feira, 19-4-2024, p. 2
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