Ação

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 19h22min de 11 de Setembro de 2009 por Andre Borges (Discussão | contribs)

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O agir, o vir-a-ser da phýsis, do ser, sempre provocou o nosso espanto. Este espanto ao longo do percurso ocidental permaneceu e permanece, apesar das diferentes teorias e respostas. A teoria enquanto um ver/saber percorre diversas disciplinas. Na física, o agir se indaga como força. Para ela há quatro forças fundamentais. A primeira delas é a gravidade, que sustenta a órbita dos planetas em torno do sol ou atrai os corpos para o centro da terra. A segunda é a força eletromagnética, que mantém os átomos inteiros. A terceira, a força nuclear fraca, é responsável pela produção de energia solar. A quarta, a força nuclear forte, é a que mantém unidas as partículas fundamentais de toda a matéria, os quarks. Esta é ambígua, porque quanto mais se tenta quebrar essas partículas, mais poderosa fica a força. Por isso é impossível isolá-los. Estas forças remetem para o enigma da phýsis como ser, vir-a-ser e não-ser. Como achar uma teoria que ex-plique, sozinha, como a matéria se combina, se mantém unida e se repele? A ação está ligada ao movimento.
Os gregos distinguiram quatro tipos de movimento: 1º o local, a mudança de lugar; 2º o movimento quantitativo: o aumento e diminuição; 3º o qualitativo ou alteração; 4ºo substancial: a geração e a corrupção. Se pensarmos todos esses movimentos numa única questão, na união de ser e saber, de lógos e poíesis, teremos a questão fundamental da sabedoria. Esta é a questão que atravessa mito, poíesis e filosofia. E então joga o ser humano no horizonte do sagrado, onde o ser do ser humano acontece.


- Manuel Antônio de Castro
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