Cidadania
De Dicionrio de Potica e Pensamento
Edição feita às 14h26min de 28 de Novembro de 2016 por Profmanuel (Discussão | contribs)
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- . A cidadania se funda no ético. E este é o sentido do ser se dando no vigorar da linguagem. Só o ser funda sentido, jamais o fato de ter bens. Tê-los não é por si negativo, pois se eles se prestam a viver dignamente e empenhar-se no penhor do bem, os bens são vistos naquilo que eles são: possibilidades funcionais determinadas pelas possibilidades de consumar o sentido de ser. Os bens devem ser posssibilidades, jamais finalidades em si. Então tornam-se bens poéticos, pois em lugar da posse predomina o desprendimento e renúncia, uma vez que se sabe que todos os bens diante do bem são passgeiros. Ser cidadão é ser o sentido que se tem para ser, porque cada um já tem esse sentido, já o recebeu como próprio. Este é o destino que cada um já recebe ao nascer. Destino são possibilidades poéticas de ser o que já se é.
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- Mas não há história sem a manifestação do humano como o lugar onde a realidade leva a cabo a manifestação de suas possibilidades. E nessa trajetória sempre nova e criativa da realidade operando no ser humano e este manifestando o que ele recebeu para realizar, possibilidades dadas pela própria realidade, esse ser humano assume sempre novas dimensões. Chamamos cidadania a essas dimensões poéticas. Pensar o humano é pensar a cidadania poética e nesta e por esta é pensar o acontecer da realidade.
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- "O grande desafio do modelo democrático de Cidade reside na organização e no funcionamento do Estado de direito e na soberania da lei. A cidadania consiste em subordinar a lei ao direito e o Estado à lei" (1).
- Referência bibliográfica:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "A questão do modelo democrático". In: -------. Filosofia contemporânea. Teresópolis - RJ: Daimon Editora, 2013, p. 184.
- Consulte também Polis.