Espírito

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 01h29min de 28 de Agosto de 2016 por Profmanuel (Discussão | contribs)

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Espírito/espelho não é saber algo, ou seja, isto e aquilo e aquilo outro, mas, sim, especular "como saber" o seu próprio ser, o que ele é no "como ele sabe". Porém, este saber não pode ficar no saber do "eu" (Ego cogito, de Descartes), mas no saber do "sou" que o "eu" é "como" saber. O "eu" só é a partir do ser. Ou seja, tem de vigorar no Ser para ser o que ele é. Por isso, o Ser nunca se restringe a um "como se sabe" nem se limita ao "que é" do ente. Daí a afirmação de Heidegger dizendo que o Ser não é, pois, se fosse, seria ente e não Ser. Por outro lado, o sendo é sendo do Ser. E, por isso, afirmou também que o que antes de tudo é é o Ser. Há, pois, um Espírito relacionado ao saber/ente do homem e o Espírito referenciado ao Saber/Ser, como fundar de todos os saberes e entes. Porém, entre ente e Ser não há uma dicotomia e um isolamento, pois todo sendo é sendo do Ser. Portanto, o sendo que se sabe (Espírito) só se sabe e é na medida em que sabe e é como sendo do Ser (Espírito).


- Manuel Antônio de Castro

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"Chamamos de espírito o ente que é capaz de exercer-se como um ser-presente-a-si-mesmo, em quem o ser toma consciência de si e cientemente toma posse de si mesmo numa identidade de ser e saber" (1).


Referência:
HUMMES, Cláudio. Metafísica. Daltro Filho/Imigrantes/RS, 1964. Mímeo.

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"A essência do espírito é a vontade originária que se quer a ela mesma, a qual é pensada umas vezes como "substância", outras como "sujeito", outras como a unidade de ambos" (1).


Referência:
(1) HEIDEGGER, Martin. La pobreza. Buenos Aires: Amorrutu, 2006, p.99.
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