Poema

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 13h28min de 9 de janeiro de 2014 por Fábio (Discussão | contribs)
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“Um poema não quer dizer, ele diz. E esse dizer não é um ‘fazer como’, uma indicação de um caminho a seguir, mas é o próprio caminhar. Ler um poema é se abrir ao indizível, por isso, como podemos dizer que um poema retrata, caracteriza ou luta por algo?

O impacto de um poema não se restringe apenas à explosão subjetiva das sensações, isto é, o poema não está a serviço da sensibilidade, do sensório. Mais do que isso, ele nos convoca a adentrarmos naquilo que não conhecemos sobre nosso próprio; um caminho de procura cuja busca se dá na peregrinação do que estamos sendo, portanto, um ato contínuo de desencobrimento. Um poema é uma abertura, então devemos lê-lo sem querer respostas, mas de maneira questionante. Devemos ser com o poema” (1).


Referência:
(1) PESSANHA, Fábio Santana. A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 44.


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“Em um poema não há lógica, só é necessário que nos entreguemos para nos tornarmos corpo com o poema. Não sabemos seu modo de realização, pois apenas nos entregamos para que, com eles, nos realizemos de maneira surpreendente. Eis aí o espanto do operar poético: um mar se dando na multiperspectividade de nuances, em que não é possível identificar um porto seguro” (1).


Referência:
(1) PESSANHA, Fábio Santana. A hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 51.


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