Pólis
De Dicionrio de Potica e Pensamento
Edição feita às 15h04min de 17 de Novembro de 2012 por Profmanuel (Discussão | contribs)
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- "Um grego vive e experimenta no mito da memória uma densidade inaugural em que a realidade lhe chega nas realizações históricas de sua convivência, nos cultos, no poder, na ciência, na técnica, na arte, na produção etc. Toda cultura e toda civilização se recolhe, então, na dinâmica de articulação da pólis. A palavra pólis tem a ver com o verbo pelomai, que diz a fala dos processos de criação, os movimentos de ser, não-ser e vir-a-ser, tanto no aparecer como no desaparecer de tudo que vige e opera, de tudo que surge e cresce, que se ergue e se impõe por si mesmo com a força de seu próprio vigor" (1). Se bem observarmos o que o pensador Emmanuel nos diz bem explicitamente é que jamais pode haver uma dicotomia entre physis e cultura, pois é ela que impulsiona tudo que se manifesta, em qualquer nível de realidade. Physis é a realidade constituindo em suas realizações o real. A cultura, a história, os mitos, as criações poéticas, tudo pertence e se origina na physis
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. O esquecimento da memória. In: Revista Tempo Brasileiro, 153: 143/146, abr.-jun., 2003.
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- Em Introdução à metafísica (1), Heidegger faz a junção entre pólis política e pólis poética, daí a questão da paideia poética.
- Referência:
- (1) HEIDEGGER, Martin. Introdução à metafísica. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1969, p. 175.