Humano

De Dicionrio de Potica e Pensamento

Edição feita às 04h51min de 23 de fevereiro de 2010 por Profmanuel (Discussão | contribs)

1

"Depois que Ulisses fora dela, ser humana parecia-lhe agora a mais acertada forma de ser um animal vivo" (1).


Referências:
(1) LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. Rio de Janeiro: José Olympio, 4ª ed., 1974, p. 167.

2

"A originalidade do ser humano é aquela em que o que ele é não é tudo que ele pode. Para ser um ser humano, ele tem de poder ser mais do que o que ele é" (1).


Referência:
(1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "O corpo, a terra e o pensamento". In: CASTRO, Manuel Antônio de (org.). Arte: corpo, terra e mundo. Rio de Janeiro: 7Letras, 2008, p. 69.


3

"O pensar se faz uno pelo seu encaminhamento em direção à unidade. Por isso é preciso aprender a pensar, e é por isso que o pensamento não é, por mera dejeção orgânica. O homem, assim, é aquele que, por excelência, habitando a linguagem, propriamente é capaz de fazer esse percurso em direção à unidade. O homem pensa. O homem se articula na simplicidade do pensar, do encaminhamento para a vigência da unidade, do ser, do que ele já é, e ainda não é, do simples e do complexo. Há, no entanto, seres que compõem realidade não menos que o homem, esses seres não deixam de ser, mas não podem percorrer esse encaminhamento para a unidade. Eles são, mas não pensam" (1).


Referência:
(1) JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005, p. 55.


4

"Para mim o ser humano é uma tremenda criação...Um pensamento inconcebível. No ser humano existe tudo, do mais elevado até o mais baixo. O homem é a imagem de Deus e Deus existe em tudo. E assim o ser humano foi criado, mas também os demônios, os santos, os profetas, os artistas, os iconoclastas. Tudo existe lado a lado. É como se fossem desenhos gigantes mudando o tempo inteiro. Da mesma maneira devem existir inúmeras realidades. Não apenas a realidade que percebemos com nossas obtusas sensibilidades, mas um tumulto de realidades arqueando-se uma em cima da outra, por dentro e por fora. É só o medo e o puritanismo que nos leva a acreditar em limites. Não existem limites. Nem para pensamentos nem para sentimentos. A ansiedade é que estabelece limites" (1).


Referência:
(1) BERGMAN, Ingmar. Sonata de outono. Fala da personagem Eva.
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