Fragmento
De Dicionário de Poética e Pensamento
Edição feita às 17h23min de 17 de Abril de 2009 por Jun (Discussão | contribs)
1
- "Assim como o homem e a natureza jamais se perfazem, a obra de arte ironicamente se apresenta imperfeita, incompleta, inacabada. Intimamente associada ao real que não cessa de se realizar e desrealizar, a forma poética autenticamente irônica é necessariamente fragmentária. À poesia como forma essencialmente fragmentária só convém a instauração crÃtica de uma arte poética fragmentariamente elaborada. Compreende-se, portanto, o motivo por que são crÃticos os fragmentos poetológicos de F. Schlegel."(1) Antes dissera "A alternância eterna da ironia romântica, que se fundamenta na estrutura auto-reflexiva do sujeito humano e no duplo domÃnio da vida e da morte da natureza que bem quer criar e nadificar-se, é dinamicamente articulada pela correlação dialética da poesia e da reflexão."(2)A esta correlação contrapõe-se a correlação sujeito/objeto da filosofia e ciência.
- Referências:
- (1) SOUZA, Ronaldes de Melo e. "Introdução à poética da ironia". In: Linha de Pesquisa. Revista de Letras da UVA, Rio de Janeiro, Ano I, nº 1, out. de 2000, p. 36.
- (2) Ibidem, p. 33 e 34.