Percepção
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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: - (1) LUZIE, Marta. ''A dobra e o destino''. Rio de Janeiro: Sette Letras, p. 27. | : - (1) LUZIE, Marta. ''A dobra e o destino''. Rio de Janeiro: Sette Letras, p. 27. | ||
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+ | : (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Ócio e negócio". In: ''Revista Tempo Brasileiro - Caminhos do pensamento hoje: novas linguagens no limiar do terceiro milênio'', 136, jan.-mar., 1999, p. 74. |
Edição de 01h54min de 2 de Setembro de 2017
1
- "A percepção é um acontecimento em que o homem, nele acontecendo, entra no acontecer histórico como o ente que é, isso quer dizer, no sentido literal da palavra, em que o homem mesmo chega ao Ser. [...] A percepção é o acontecimento que possui o homem." (1)
- Referência:
- (1) HEIDEGGER, Martin. Introdução à metafísica. Trad. Emmanuel Carneiro Leão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1969, p. 165.
2
- " Per é uma preposição que traduz a circunstância de um lugar e, por isso, traduz o circular de um movimento. Comumente é traduzida como através de. Assim sendo, percepção concentra a experiência do aprender perpassando um caminho, isto é, caminhando" (1). Já o aprender da percepção está ligado à segunda parte da palavra per-cepção. -cepção formou-se do verbo latino: capere que diz o pegar, agarrar, prender. Portanto, o aprender é um processo, um acontecimento, onde cada um tende para (é o que diz a preposição latina ad-) aquilo que nos prende e agarra: o princípio de tudo. Não é, portanto, o sujeito que aprende, mas o deixar-se tomar por, tendendo para o princípio, numa palavra, dispondo-se para o que nos pode e deve prender. E isso se dá somente numa caminhada, isto é, num per- (2).
- - (2) Manuel Antônio de Castro.
- - (1) LUZIE, Marta. A dobra e o destino. Rio de Janeiro: Sette Letras, p. 27.
3
- "Na percepção, nós recebemos o real nas sensações e nos sentimentos de nossa sensibilidade. E somos tocados e tão mobilizados pela rosa que a respeitamos e deixamos ser rosa, sem intervenção de espécie alguma. Outra bem outra, é a atitude da ciência ao observar a rosa. A rosa deixa de ser rosa para enquadrar-se numa classe, num gênero, numa espécie, numa família ou para submeter-se a um experimento e transformar-se num perfume, num chá ou num arranjo" (1).
- Referência:
- (1) LEÃO, Emmanuel Carneiro. "Ócio e negócio". In: Revista Tempo Brasileiro - Caminhos do pensamento hoje: novas linguagens no limiar do terceiro milênio, 136, jan.-mar., 1999, p. 74.