Habitação
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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:(1) ELIADE, Mircea. ''O sagrado e o profano''. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 54. | :(1) ELIADE, Mircea. ''O sagrado e o profano''. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 54. | ||
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Edição de 00h57min de 9 de Dezembro de 2016
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- "A habitação não é um objeto, uma máquina para habitar; é o Universo que o homem construiu para si imitando a Criação exemplar dos deuses, a cosmogonia" (1). Há aqui dois aspectos: o primeiro é o sentido de todo habitar; o segundo é o lugar do homem também como criador, numa semelhança com o criar cosmogônico dos deuses: é o lugar misterioso do homem e sua ação, reduzido a um imitar. Porém, essa visão epistemológica perde o próprio da essência do habitar, porque separa o habitar e criar dos deuses do habitar e criar humano. Não há nem pode haver essa separação. Em sentido próprio, o ser humano não cria, apenas manifesta a realidade que já lhe foi dada pelo sagrado. Desse modo, habitar é ser linguagem na medida da escuta da voz do sagrado. Por isso, habitar é ser linguagem sendo mundo, sendo memória, sendo tempo, simplesmente sendo. Nosso destino é ser habitante da terra e do céu: do universo.
- Referência:
- (1) ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 54.
- * Ver Casa.