Simplicidade

De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: A acumulação de muitos [[conhecimentos]] não dá nem traz necessariamente o que em todo [[saber]] se deve [[conhecer]]: o [[ético]] de todo [[conhecer]]. Quando o [[ético]] é o [[valor]] de todo [[conhecer]], o muito dá lugar ao [[simples]]: a [[simplicidade]] do que se [[é]] em [[tudo]] o que se conhece e não conhece. O [[simples]] é o sem [[dobra]]: a [[unidade]], o [[originário]] em [[plenitude]], o repouso da [[fala]] plena do [[silêncio]], [[ser]] o [[não-ser]]. Quando se dá e acontece a [[aprendizagem]] da [[simplicidade]] do que se [[é]], então o muito [[saber]] da [[erudição]] se reduz à [[simplicidade]] do [[não-saber]] do muito [[conhecer]]. Na [[simplicidade]] do [[não-saber]] vigora o [[poético]], o [[não-saber]] do muito e de todo [[conhecer]].
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: A acumulação de muitos [[conhecimentos]] não dá nem traz necessariamente o que em [[todo]] [[saber]] se deve [[conhecer]]: o [[ético]] de [[todo]] [[conhecer]]. Quando o [[ético]] é o [[valor]] de [[todo]] [[conhecer]], o muito dá [[lugar]] ao [[simples]]: a [[simplicidade]] do que se [[é]] em [[tudo]] o que se conhece e não conhece. O [[simples]] é o sem [[dobra]]: a [[unidade]], o [[originário]] em [[plenitude]], o repouso da [[fala]] plena do [[silêncio]], [[ser]] o [[não-ser]]. Quando se dá e acontece a [[aprendizagem]] da [[simplicidade]] do que se [[é]], então o muito [[saber]] da [[erudição]] se reduz à [[simplicidade]] do [[não-saber]] do muito [[conhecer]]. Na [[simplicidade]] do [[não-saber]] [[vigora]] o [[poético]], o [[não-saber]] do muito e de [[todo]] [[conhecer]].
: - [[Manuel Antônio de Castro]].
: - [[Manuel Antônio de Castro]].

Edição atual tal como 20h22min de 20 de Junho de 2024

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A acumulação de muitos conhecimentos não dá nem traz necessariamente o que em todo saber se deve conhecer: o ético de todo conhecer. Quando o ético é o valor de todo conhecer, o muito dá lugar ao simples: a simplicidade do que se é em tudo o que se conhece e não conhece. O simples é o sem dobra: a unidade, o originário em plenitude, o repouso da fala plena do silêncio, ser o não-ser. Quando se dá e acontece a aprendizagem da simplicidade do que se é, então o muito saber da erudição se reduz à simplicidade do não-saber do muito conhecer. Na simplicidade do não-saber vigora o poético, o não-saber do muito e de todo conhecer.


- Manuel Antônio de Castro.
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