Não é
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→1) |
(→2) |
||
(4 edições intermediárias não estão sendo exibidas.) | |||
Linha 1: | Linha 1: | ||
== 1 == | == 1 == | ||
- | : "Que o que gasta, vai gastando o [[diabo]] de dentro da gente, aos pouquinhos, é o razoável sofrer. E a [[alegria]] de [[amor]] - compadre meu Quelemém diz. [[Família]]. Deveras? [[É]], e [[não é]]. O senhor ache e não ache. Tudo é e [[não é]]..." (1). Há, portanto, uma [[dialética]] essencial entre [[ser]] e [[não ser]]. | + | : "Que o que gasta, vai gastando o [[diabo]] de dentro da gente, aos pouquinhos, é o razoável sofrer. E a [[alegria]] de [[amor]] - compadre meu Quelemém diz. [[Família]]. Deveras? [[É]], e [[não é]]. O senhor ache e não ache. Tudo é e [[não é]]..." (1). Há, portanto, uma [[dialética]] essencial [[entre]] [[ser]] e [[não ser]]. |
Linha 8: | Linha 8: | ||
: Referência: | : Referência: | ||
- | : (1) ROSA, João Guimarães. ''Grande sertão: veredas | + | : (1) ROSA, João Guimarães. '''Grande [[sertão]]: [[veredas]]. Rio de Janeiro: José Olympio, 1968, p. 12. ''' |
+ | |||
+ | == 2 == | ||
+ | : "O [[tema]] central na [[filosofia]] [[grega]], começando com Parmênides e Górgias nos concerne a [[pensar]] o que [[não é]]. [[Pensar]], portanto, consiste em uma [[relação]] com a [[coisa]] sobre a qual a [[pessoa]] pensa. No entanto, nenhuma [[relação]] pode [[acontecer]] se o que é relatado não acontece. Podemos, às vezes, [[pensar]] o que não existe. E isso é a [[loucura]]. Uma [[vida]] tão solipsista que acaba por afastar-se completamente da [[realidade]]" (1). | ||
+ | |||
+ | |||
+ | : Referência: | ||
+ | |||
+ | : (1) FRECHEIRAS, Marta Luzie de Oliveira.''' "[[Intencionalidade]], [[memória]] e reminiscência em [[Aristóteles]]". In: Revista Tempo Brasileiro - [[Interdisciplinaridade]]: [[dimensões]] [[poéticas]], 164. Rio de Janeiro: jan.-mar. 2006, p. 38.''' |
Edição atual tal como 21h51min de 23 de Abril de 2025
1
- "Que o que gasta, vai gastando o diabo de dentro da gente, aos pouquinhos, é o razoável sofrer. E a alegria de amor - compadre meu Quelemém diz. Família. Deveras? É, e não é. O senhor ache e não ache. Tudo é e não é..." (1). Há, portanto, uma dialética essencial entre ser e não ser.
- Referência:
2
- "O tema central na filosofia grega, começando com Parmênides e Górgias nos concerne a pensar o que não é. Pensar, portanto, consiste em uma relação com a coisa sobre a qual a pessoa pensa. No entanto, nenhuma relação pode acontecer se o que é relatado não acontece. Podemos, às vezes, pensar o que não existe. E isso é a loucura. Uma vida tão solipsista que acaba por afastar-se completamente da realidade" (1).
- Referência:
- (1) FRECHEIRAS, Marta Luzie de Oliveira. "Intencionalidade, memória e reminiscência em Aristóteles". In: Revista Tempo Brasileiro - Interdisciplinaridade: dimensões poéticas, 164. Rio de Janeiro: jan.-mar. 2006, p. 38.