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De Dicionrio de Potica e Pensamento

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: Num [[diálogo]], [[eu]] me dirijo ao [[tu]] e ele me escuta e sabe que está me escutando. Porém, quando o [[tu]] responde, [[eu]] escuto, não como [[eu]], mas como [[tu]]. Portanto, para podermos [[dialogar]] temos de [[ser]] a [[dobra]] de [[eu]] e [[tu]], pois aí depende só da [[posição]] de quem fala e de quem escuta, não de [[ser]] como [[possibilidade]]. Igualmente podemos falar conosco mesmo, ou seja, eu posso me [[escutar]]. Ontologicamente há a [[unidade]] interna de [[eu]] e [[tu]] (outro). Só na [[unidade]] pode [[vigorar]] a [[identidade]] e a [[diferença]] da [[unidade]], uma vez que para haver e [[vigorar]] [[unidade]] é necessária a afirmação tanto da [[identidade]] quanto da [[diferença]]. A unidade é o sou. É neste mesmo [[horizonte]] ontológico que devemos [[compreender]] em nós a [[vigência]] de [[masculino]] e [[feminino]]. Dessa maneira o próprio que cada um é vigora no sou.
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: Num [[diálogo]], [[eu]] me dirijo ao [[tu]] e ele me escuta e sabe que está me escutando. Porém, quando o [[tu]] responde, [[eu]] escuto, não como [[eu]], mas como [[tu]]. Portanto, para podermos [[dialogar]] temos de [[ser]] a [[dobra]] de [[eu]] e [[tu]], pois aí depende só da [[posição]] de quem fala e de quem escuta, não de [[ser]] como [[possibilidade]]. Igualmente podemos falar conosco mesmo, ou seja, eu posso me [[escutar]]. Ontologicamente há a [[unidade]] interna de [[eu]] e [[tu]] (outro). Só na [[unidade]] pode [[vigorar]] a [[identidade]] e a [[diferença]] da [[unidade]], uma vez que para haver e [[vigorar]] [[unidade]] é necessária a afirmação tanto da [[identidade]] quanto da [[diferença]]. A unidade é o sou. É neste mesmo [[horizonte]] ontológico que devemos [[compreender]] em nós a [[vigência]] de [[masculino]] e [[feminino]]. Dessa maneira o [[próprio]] que cada um é vigora no sou.
: - [[Manuel Antônio de Castro]]
: - [[Manuel Antônio de Castro]]

Edição de 13h16min de 18 de Dezembro de 2016

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Num diálogo, eu me dirijo ao tu e ele me escuta e sabe que está me escutando. Porém, quando o tu responde, eu escuto, não como eu, mas como tu. Portanto, para podermos dialogar temos de ser a dobra de eu e tu, pois aí depende só da posição de quem fala e de quem escuta, não de ser como possibilidade. Igualmente podemos falar conosco mesmo, ou seja, eu posso me escutar. Ontologicamente há a unidade interna de eu e tu (outro). Só na unidade pode vigorar a identidade e a diferença da unidade, uma vez que para haver e vigorar unidade é necessária a afirmação tanto da identidade quanto da diferença. A unidade é o sou. É neste mesmo horizonte ontológico que devemos compreender em nós a vigência de masculino e feminino. Dessa maneira o próprio que cada um é vigora no sou.


- Manuel Antônio de Castro
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