Estética
De Dicionrio de Potica e Pensamento
(Diferença entre revisões)
(→3) |
(→4) |
||
Linha 29: | Linha 29: | ||
== 4 == | == 4 == | ||
: Quanto à [[verdade poética]], ela se tornou propriedade da estética. A estética é a [[poética]] cientifizada. E ela quer entificar a verdade poética, dentro do mesmo jogo de compra e venda de sensações estéticas. A [[sensação]] sem o [[sentido]] é um [[estar]] sem [[ser]]. | : Quanto à [[verdade poética]], ela se tornou propriedade da estética. A estética é a [[poética]] cientifizada. E ela quer entificar a verdade poética, dentro do mesmo jogo de compra e venda de sensações estéticas. A [[sensação]] sem o [[sentido]] é um [[estar]] sem [[ser]]. | ||
+ | |||
+ | |||
+ | : - [[Manuel Antônio de Castro]] | ||
+ | |||
+ | |||
+ | |||
+ | == 5 == | ||
+ | : A [[vivência]] só se torna [[experienciação]] quando há uma mudança qualitativa no modo de [[ser]], em que, portanto, o modo de ser é [[poético]] e não simplesmente estético. Experienciação implica [[linguagem]] ,[[sentido]] e [[mundo]]: [[verdade]]. | ||
: - [[Manuel Antônio de Castro]] | : - [[Manuel Antônio de Castro]] |
Edição de 02h14min de 22 de Maio de 2016
1
- A estética está essencialmente ligada a um sentimento de prazer e nem sempre tiramos as devidas consequências teóricas em relação a um conceito de arte estética, ou seja, entre a estética e a filosofia da arte. Michel Haar explica bem isso quando, entre outras coisas, afirma: "A estética, em primeiro lugar, na realidade só pode preocupar-se com o sujeito, e não com a natureza do objeto representado. Achar uma coisa bela é sentir subjetivamente um elo necessário entre a representação desta coisa e o prazer que esta representação produz" (1).
- Referência:
- (1) HAAR, Michel. A obra de arte. Rio de Janeiro: Difel, 2000, p. 33.
2
- A questão da estética está ligada ao belo e à percepção, através dos sentidos e das sensações elaboradas racionalmente, ou seja, são as sensações representadas pelo e no sujeito. Na estética predomina a epistemologia e não a ontologia. Por isso, a estética se opõe à poética enquanto esta apreende o vigorar do poético. O estético não foi e jamais será um transcendental.
3
- Não podemos reduzir o sentido da vida às sensações dos sentidos. Estes geram estados sem o sentido do ser. Por isso, o sentido da vida não se pode reduzir às sensações estéticas nem a estesias racionais ou simbólicas. A Estética diz respeito a estados não ao sentido de ser. A estesia é sempre causal. Já o poético é não-causal, porque vigora no sentido do silêncio do ser. Em nosso mundo ou real atual onde predominam os meios de comunicação com um poder enorme de criação de estesias racionais e simbólicas, há uma tendência muito forte para as pessoas viverem dessas estesias e passarem a considerá-las como sendo a realidade. E isso ainda fica mais acentuado pela expansão e domínio cada vez maior da realidade virtual e seu poder de provocar sensações estéticas.
4
- Quanto à verdade poética, ela se tornou propriedade da estética. A estética é a poética cientifizada. E ela quer entificar a verdade poética, dentro do mesmo jogo de compra e venda de sensações estéticas. A sensação sem o sentido é um estar sem ser.
5
- A vivência só se torna experienciação quando há uma mudança qualitativa no modo de ser, em que, portanto, o modo de ser é poético e não simplesmente estético. Experienciação implica linguagem ,sentido e mundo: verdade.