Verdade poética
De Dicionrio de Potica e Pensamento
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: - [[Manuel Antônio de Castro]] | : - [[Manuel Antônio de Castro]] |
Edição de 22h57min de 12 de março de 2016
1
- "Verdade poética não é uma verdade resultante de uma adequação lógica entre uma proposição e o real posto. Verdade poética é o manifestar-se do que é no e pelo vigorar da linguagem. O ser humano é a tensão do realizar-se enquanto poíēsis no vigorar da linguagem. Poética e linguagem são o verso e anverso do mesmo ser: o humano" (1).
- Referência:
- (1) CASTRO, Manuel Antônio de. Arte: o humano e o destino. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2011, p. 230.
2
- Como zero, o sentido do inesperado, a verdade poética é uma dobra de que dispõem os sistemas para gerar novas posições. À esquerda de qualquer posição ou número nada vale, à direita, movimenta todo vigor quantitativo do capitalismo. O capital são números, representações com valor de troca. Este é o paradoxo. O que nada vale é a fonte permanente de novos valores econômico-morais.
3
- O coração se fará presente na poética de Cecília Meireles como imagem-questão, a questão de todos os seres humanos. É uma fonte originária da experienciação da vida em seu sentido originário. A identificação do viver originário com o coração é uma constante na vida dos seres humanos. É o que propriamente poderíamos denominar o humano da vida. É largamente conhecido o dito de Pascal: “O coração tem razões que a própria razão desconhece”. São estas razões do coração que constituem a verdade poética.